Todos já cometemos erros no decorrer de nossa vida, não há exceções, num processo de busca, convivência e evolução, errar é um condicionamento que acontece independente de nossa vontade. Muitas vezes erramos pensando estar acertando e quando o tempo passa, percebemos que não era bem assim que desejávamos realizar as coisas ou esperávamos um desfecho diferente.
Erros podem nos causar traumas, dores, culpa e uma consciência repleta de dúvidas em relação a nossa maneira de viver. Pessoas imperfeitas erram, pessoas perfeitas erram e você também erra e não errou ainda vai errar. Na oração “Pai Nosso”, Cristo sabia do efeito dos erros na vida das pessoas, razão pela qual quando erramos esta oração pode nos auxiliar do livramento do peso do ato de errar.
Judas foi discípulo de Jesus, aquele que errou ao entrega-lo por trinta moedas de prata e depois tenta devolver as moedas e comete suicídio ao perceber seu erro. Mas é Jesus que diz a ele: “vai e faz aquilo que deves fazer…” Naquele momento talvez Judas encarasse aquilo como uma traição e posteriormente um erro que pagou com a própria vida. Porém vale refletir se algum outro discípulo teria coragem de entregar Jesus ao seu destino de promover a redenção da humanidade. Judas errou, mas seu erro deu origem a mais importante página da história cristã, a Ressurreição de Cristo.
Dizem que um erro leva a outro, não é bem assim que funciona, erros são etapas de nossa evolução, são necessários dentro de um contexto existencial, mas não podem se tornar bloqueadores de nossa vontade de vencer e tão pouco nos limitar a um sofrimento interior. “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra…” Não somos seres perfeitos, somos seres imperfeitos no caminho da perfeição, talvez este caminho não tenha marco de chegada, somente estrada para seguir caminhando, uma estrada que nos transforma e vai nos colocando mais próximos da suprema verdade.