Iramaia Loiola: Querido Vinho em barricas

Querido Vinho,

Seguimos firmes e fortes aqui em nosso..hummm..forte! Nem sempre amanhecemos de bom humor, principalmente com tudo que vem acontecendo e com as notícias pouco alvissareiras. Esperança de que logo tudo isso se acabe e que possamos voltar às nossas rotinas.

Continuamos com nossos vinhos aos fins de semana. Me considero uma pessoa de sorte e sou grata por isso. Temos comida e vinho à mesa. Podemos nos distrair e esquecer um pouco da tristeza. As experiências continuam e percebo que claro, podemos nos aperfeiçoar nos conhecimentos lendo, ouvindo vídeos, enfim, procurando material na internet, mas o mais legal é poder beber e notar nuances de sabores, aromas, dos vinhos um pouquinho mais elaborados que compramos.

Outro dia, notei no vinho aroma de baunilha. Temos feitos esses testes aqui em casa. Nos servimos e tentamos adivinhar, antes de ler o rótulo, quais aromas sentimos.

Fiquei curiosa em saber de onde vem o aroma de baunilha. A resposta é: das barricas de carvalho. Naturalmente que já havia lido e ouvido sobre vinho que estagiam em barricas antes de serem comercializados. No entanto, sabia quase nada a respeito.

O que escrevo aqui na coluna foi o que li e como a maioria de vocês, o faço apenas por curiosidade.

Vamos lá?

Primeira pergunta é por que certos vinhos têm estágios em barricas?

As barricas são utilizadas para maturação do vinho. A madeira libera aromas como baunilha (olha ela aí), especiarias, defumado, couro, tabaco, chocolate, etc, etc. Dá mais complexidade à bebida, intensificando a coloração e sabor.

Uma outra função da barrica é amaciar os taninos do vinho, conferindo à bebida uma textura mais aveludada, suave. Isso acontece porque o carvalho tem poros por onde o vinho troca oxigênio com o ambiente externo, processo denominado de micro-oxigenação.

Veja Também  Iramaia Loiola: Descobrindo os vinhos brut e demi-sec

Quanto mais novo o barril mais aromas são transmitidos ao líquido. E barris têm vida útil. A influência da madeira no vinho diminui a partir da terceira ou quarta utilização de uma mesma barrica.

Há muitos tipos de carvalho, mas os mais utilizados com o vinho são os franceses e americanos. São caros pra chuchu! Li que algo em torno de 4.000,00 ou 5.000,00 reais. Vamos entendendo também um pouco da composição de preço dessas bebidas.  Os franceses são considerados os melhores e logicamente são os mais caros.

Para não me estender muito no assunto, volto com ele semana que vem, pode ser? Ainda tem algumas outras curiosidades pra eu contar pra vocês.

Para harmonizar vinho & música vamos de Milton Nascimento – Nada Será Como Antes – que um amigo postou no Facebook e que tem muito a ver com o momento pelo qual estamos passando. Um trechinho da música:

 

Eu já estou com o pé nessa estrada

Qualquer dia a gente se vê

Sei que nada será como antes, amanhã

Que notícias me dão dos amigos?

Que notícias me dão de você?

 

Alvoroço em meu coração

Amanhã ou depois de amanhã

Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Num domingo qualquer, qualquer hora

Ventania em qualquer direção

Sei que nada será como antes amanhã

 

https://www.youtube.com/watch?v=EccCVF5FzKU

Fiquem bem! Nos vemos semana que vem. Que todos possamos continuar a apreciar nossos vinhos. Cheers!

Loading

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens