Jorge Lordello: Saiba por que a portaria remota ajuda a minimizar riscos de proliferação do novo Coronavírus

O novo Coronavírus mudou radicalmente a vida dos brasileiros. Um dos fatos que chama atenção é que muitas famílias, principalmente aquelas compostas por idosos, demitiram empregado doméstico para minimizar risco de contágio, pois o colaborador, geralmente, se utiliza do transporte público para se dirigir ao trabalho, aumentando, assim, as chances de contaminação.

Coincidentemente, recebi telefonema de amigo síndico preocupado com os porteiros de seu prédio. Como são funcionários antigos, têm fortes laços de amizade com moradores e, por consequência, mantém contato mais estreito, principalmente atendendo pedidos, muitos deles proibidos pelo regimento interno.

O administrador me relatou que viu, através do sistema de câmeras de segurança, mais de uma vez, porteiro receber mercadoria para morador e abandonar a portaria para colocar no elevador e apertar o botão do respectivo andar. Em outra ocasião, chegou a subir até o apartamento do condômino para entregar a encomenda.

O problema é que, além da fragilizar a segurança do prédio, o porteiro, sem querer, pode infectar moradores com essa atitude.

Recentemente, ao visitar casal de amigos em edifício no centro de São Paulo, pude reparar que dentro da guarita estavam dois idosos batendo papo com o porteiro, fato esse bastante comum e que se replica na maioria dos condomínios.

Mas como resolver essa situação perigosa, me indagou o síndico.

Num primeiro momento, é necessário dizer que não é fácil, pois muitas das normas impostas pelo síndico não são cumpridas no cotidiano pelos porteiros e nem pelos moradores. Infelizmente, burlar regras faz parte do famigerado “jeitinho brasileiro”.

Dificilmente um porteiro vai dizer “não” a morador que lhe trata sempre muito bem, sem contar os mimos, tipo comidas e presentinhos, que os colaboradores da portaria não raro recebem.

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O vírus que se espalhou pelo mundo e chegou com tudo no Brasil, nos faz refletir quanto a saúde e segurança pública.

Uma das novidades no mercado de segurança condominial, e que vem se ampliando em todo Brasil, é a chamada Portaria Remota, principalmente em edifícios com baixo e mediano fluxo de pessoas. Além da redução significativa de custos, o nível de segurança aumenta. Toda a triagem de pessoas é feita à distância. É mais profissional e segue rigorosamente as normas determinadas pelo síndico. Não permite favores e tão pouco os “quebra-galhos”.

O atendimento on-line na portaria impede qualquer possibilidade de contato físico, facilitando, assim, o gerenciamento dessa crise envolvendo saúde pública.

Muitos condomínios estão reduzindo ou fazendo rodízio dos colaboradores de limpeza do prédio com intuito de diminuir riscos de contaminação.

Por outro lado, prédios que não possuem a chamada Portaria Remota não terão como diminuir o número de porteiros, pois a portaria orgânica funciona 24 h por dia e depende da ação do colaborador para controlar o acesso de pessoas, veículos e mercadorias.

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