Regina Pitoscia: Dinheiro: como se virar na quarentena

O isolamento social, essencial para conter a propagação da Covid-19 e amenizar as tristes estatísticas de infectados e mortes pelo País, traz consequências perversas no aspecto financeiro. A economia que vinha patinando, ensaiando alguma recuperação, foi bruscamente parada, com o fechamento da maior parte do comércio. Apenas estabelecimentos de ramo considerado essencial, como supermercados, padarias, drogarias, postos de combustível e serviços médicos, estão autorizados a funcionar normalmente, além da indústria que também pode manter suas atividades.

Tem muita gente revoltada, querendo a todo custo voltar à normalidade de suas vidas. O que é natural e compreensível. No entanto, é preciso ter em conta que neste momento não é a vontade de um presidente, um governador ou prefeito que vai determinar o retorno às atividades econômicas, e sim a força de contágio do coronavírus.

Segundo autoridades médicas do País, não chegamos ainda ao pico da doença, estágio a partir do qual o número de casos tenderia a estabilizar-se para, então, regredir. Dia após dia, o total de vítimas, infectados ou mortos, vem crescendo e em ritmo acelerado, até porque em muitos locais as normas de quarentena não estão sendo respeitadas.

Portanto, nesse cenário em que o poder de decisão de volta ao trabalho não está em nossas mãos, mas em que o dinheiro ficou curto, com a redução de salário, ou sumiu para quem perdeu o emprego ou, simplesmente, deixou de obter sua renda, a saída é pensar em alternativas para a sobrevivência com as ferramentas que estão disponíveis. É hora de descobrir habilidades, experimentar outros canais para oferecer o trabalho.

O Serasa Ensina, braço educacional do Serasa Consumidor, elaborou uma série de dicas para ajudar qualquer pessoa que esteja interessada a gerar renda na crise do coronavírus.

Venda de objetosuma ideia sugerida é separar objetos que não são utilizados e estão em bom estado. É possível anunciá-los em sites de vendas online. Essa é uma solução inteligente e imediata para “fazer dinheiro” em tempos de crise.

Com a mão na massaé fato que a quarentena alterou a rotina de muitas pessoas. E muito mais das que não são chegadas ou não sabem cozinhar. Quem fazia as refeições em restaurantes, próximos ao trabalho ou escola, hoje precisa recorrer aos serviços de entrega para se alimentar sem sair de casa. Só que pedir comida todo dia requer uma variedade de lugares além de encontrar opções acessíveis. É nessa brecha criada pela situação atual que podem entrar os dotes culinários de cada um. A ideia aqui é produzir refeições e vendê-las, divulgando os produtos em redes sociais, grupos do condomínio, para amigos e família. O ideal é iniciar a produção conforme os pedidos forem chegando. Dessa forma, é possível evitar desperdícios e prejuízos. Outro detalhe importante é procurar aceitar pedidos próximos de sua residência, isso para não ter custos com a entrega e poder cobrar mais barato.

Serviços onlineo período de quarentena pode aumentar a demanda por trabalhos feitos à distância. Aproveite essa onda, ocupe seu tempo e ainda ganhe algum dinheiro. Não precisa ter formação universitária ou cursos em uma área específica, mas ser bom e diferenciado naquilo que faz. E claro, procure oferecer algo que possa ser realizado diretamente de casa. Entre as sugestões de atividades é possível listar: artesanato; costura; elaboração de convites; aulas de idiomas; aulas de reforço para as crianças que estão em férias antecipadas; edição de fotos; produção gráfica, entre outros. Qualquer talento pode ser usado como serviço, o que vai ajudar a faturar um extra para fechar as contas do mês.

Quarentena sem crisemais do que nunca, é importante ter o orçamento na ponta do lápis. Afinal, sem metas e valores definidos fica mais difícil estabelecer o caminho. Cortar gastos desnecessários e saber exatamente o valor que faltará para fechar as contas ao fim do mês. Isso tende a aliviar a travessia dessa fase tão difícil.

Consumo consciente – é fundamental também ter o controle de quanto e com o que são seus gastos em casa, principalmente nesse período de quarentena. Essa atitude vai permitir saber, por exemplo, quantos quilos de açúcar ou café são necessários para passar uma semana, ou a quinzena ou o mês. E assim, passar a ter um consumo consciente, sem exageros, sem desperdícios, ao mesmo que pode evitar o desabastecimento de produtos nas prateleiras. Tenha uma ideia clara dos itens básicos dos que são supérfluos para identificar onde é possível economizar. A distinção dos itens entre “alimentos” e “não alimentos” pode facilitar o esquema de reposição. Para alimentos, a orientação de especialistas é para cada pacote aberto manter um fechado de reserva. E para não alimentos, para cada item aberto, manter dois fechados de reserva. E quando for adquirir um item novo, vale a pena procurar levar apenas um pacote, se possível até os minipacotes para testar e, se for aprovado, retornar à compra de embalagens maiores. Isso evita estragos e desperdícios de mercadorias.

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