Jorge Lordello: A insegurança de um morador pode comprometer a segurança de todos

Em busca de segurança, um grande número de famílias vêm se mudando de suas confortáveis casas para condomínios. Por não estarem habituados à vida em edifícios, muitos desses novos moradores não entendem que eles também fazem parte do esquema de segurança. Assim, deixam de colaborar com o trabalho dos porteiros e zelador. E o principal motivo chama-se “comodidade”.

Ao insistirem, muitas vezes motivados por pressa ou antipatia para com a disciplina, em descumprir normas e procedimentos internos aprovados em assembleia, geram “insegurança coletiva”.

O pior cenário, é quando o síndico não tem pulso para colocar “ordem na casa”, ou seja, recebe reclamações de funcionários e moradores apontando atitudes inseguras de condôminos e, para não se indispor, não toma as devidas providências punitivas. Esse quadro gera dois problemas:

1) Porteiros e zelador ficam desanimados e passam a fazer vista grossa quando normas internas são desrespeitadas. 

2) Clima de desentendimento entre moradores que querem segurança e aqueles que desejam menos controle na entrada de autos e pessoas.

Todos deveriam entender que o maior risco para o morador é o seu próprio comportamento.

Síndico não pode desanimar e nem se omitir!

Estatisticamente, todo edifício tem de 5 a 10% de moradores que relutam em cumprir normas e obrigações. Não se pode permitir que a minoria prevaleça sobre a maioria. Segundos gastos com segurança podem render dias, horas e até anos de paz.

Marginais buscam encontrar oportunidades, brechas ou pequenas vulnerabilidades para ingressar no condomínio.

Um dos exemplos negativos mais clássicos, é o não fechamento completo do portão da entrada. A pressa é tanta, que o condômino larga o portão sem verificar se ocorreu o trancamento.

Outra cena insegura, e que já gerou muitas invasões a prédios, é a do morador que ao entrar no edifício mantém a porta aberta para entrada de outra pessoa que vem logo atrás, mesmo sem conhecê-la, prejudicando, dessa forma, o trabalho de triagem do colaborador da guarita. Até o excesso de gentileza, infelizmente, pode vulnerabilizar o prédio. A situação mais adequada seria a de ter certeza da não presença de outra ou outras pessoas ao seu lado. Para tanto, deve focalizar seu entorno e desacelerar ou mesmo evitar entrar no edifício em circunstâncias que não sejam de plena segurança.

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Não podemos esquecer daquele morador apressado que ao sair do prédio permite que outro entre ao mesmo tempo. Com isso, o porteiro fica vendido, pois abriu o portão principal para a saída do morador e não tem como impedir o estranho de adentar.

Todos devem colaborar com a segurança coletiva e relatar, junto a administração do condomínio, segundo as normas, qualquer irregularidade constatada.

A minimização de riscos acontece quando síndicos proativos promovem estratégias para conscientizar funcionários e moradores. Isso pode ser feito através de palestras, informativos afixados e distribuídos em mãos, envio de mensagens eletrônicas e etc.

Ao identificar os principais problemas, o administrador deverá fazer circular as informações de ordem preventiva, bem como aplicar as devidas sanções aos infratores.

Imagem: Freepik

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