Há alguns anos, me vi numa situação inusitada. Eu, engenheiro civil experiente, acostumado a desafios nas áreas de estrutura, fundações e construções complexas, morava numa casa antiga, porém adorável, que possuía um telhado que se deteriorava a cada chuva, fazendo com que goteiras aparecessem cada vez maiores e em maior número.
Resolvi agir e pesquisei as soluções possíveis, uma vez que para o reparo do telhado não gostaria de me mudar, mesmo que temporariamente, ou seja, adotei como premissa o fato de que o reparo do telhado deveria ocorrer e conviver com nossa moradia; minha e de minha família. Idealizei então um telhado leve a ser executado sobre o telhado antigo, sem que houvesse a sua retirada.
A solução? Bem, esta só poderia ocorrer com o uso de uma telha que pudesse ser executada em trechos, e que permitisse uma estanqueidade definitiva e combinasse com a fachada de tijolos à vista, já existente. Esta solução e flexibilidade somente encontrei na telha tipo shingle, distribuída no mercado em várias cores e padronagens, conforme amostras abaixo.
A telha shingle já existe no Brasil há alguns anos, possuindo, entretanto um mercado ainda restrito, porém, crescente. Suas vantagens são inúmeras, seja pelo fato de ser um produto que aproveita resíduos asfálticos, elementos minerais de rocha e pigmentação cerâmica, que lhe confere certo apelo de sustentabilidade, seja pelo fato de ser altamente estanque e durável, além de conferir ao imóvel uma aparência sofisticada e moderna.
Para sua instalação é necessário um substrato de chapas OSB fixado numa estrutura que pode ser de madeira ou metálica, a aplicação de uma proteção de subcobertura e, finalmente, a fixação das placas de telhas, que vão se sobrepondo de forma a produzir um pano estanque.
Garanto que o resultado será surpreendente e durável. Só para concluir, nosso telhado já tem 10 anos e permanece com a mesma aparência. Ou seja, recomendo.
Mais informações: rogerio.romanek@gmail.com