Não tenho a menor dúvida que Lionel Messi é um jogador acima da média.
Mas, para mim, está longe, muito longe de poder ser considerado um dos melhores de todos os tempos.
Só sob condições especiais consegue exibir um futebol de alto nível.
Longe de Iniesta, Suárez e Neymar, o rendimento dele cai muito.
Fora do Barcelona – time que é melhor que muita Seleção – Messi não é nem sombra da estrela que brilha intensamente no clube da Catalunha.
Diego Armando Maradona transformou um time mediano do Nápoles num adversário respeitado, temido até… E campeão.
Foram dois títulos italianos, os primeiros da história do clube, uma Copa da Itália e uma Copa da Uefa, também a primeira e única do time do sul da Itália.
Pela Seleção da Argentina, o brilho de Maradona foi ainda mais intenso. Foi decisivo na conquista do último título mundial argentino, em 1986, no México. E lá se vão 30 anos.
Para mim fez o mais bonito gol da história das Copas, na partida diante da Inglaterra, arrancando desde o meio de campo, driblando vários adversários, e quase entrando com bola e tudo dentro do gol.
Maradona não se impunha só pelo talento. Era um líder.
Rivellino foi apelidado de Reizinho. Herdeiro de Pelé. Apesar de atuar no Corinthians nos tempos das “vacas magras”.
Na Seleção, foi campeão do mundo, em 70, no México, e sempre se destacou pela habilidade, além do chute forte e preciso.
Comparar Messi com Pelé, só pode ser brincadeira… O que o argentino faz com a canhota, Pelé também fazia. E o brasileiro é destro. Ou seja, com a direita, o Rei era ainda mais brilhante que Messi.
Fez mais de mil e trezentos gols, ganhou cinco títulos mundiais, foi eleito o Atleta do Século 20.
A canhota de Gérson era mais precisa que a de Messi.
Mané Garrincha foi mais espetacular e decisivo do que o atual 10 da Argentina.
Quem viu Zico jogar não tem dúvida que o Galinho fez mais que Messi. O holandês Cruyff, idem.
Ambos se destacaram sem conquistar uma Copa com suas Seleções.
E tem mais gente na frente de Messi na lista dos melhores da história do futebol.
Coloco até Cristiano Ronaldo, que liderou Portugal ao primeiro título Europeu da história da Seleção lusa.
Na derrota de 3 x 0 da Argentina para o Brasil, no Mineirão, pelas eliminatórias, Messi foi outra vez uma sombra do jogador espetacular que é no Barcelona.
Repetindo os muitos desempenhos sem brilho pela Argentina, incluindo a Copa de 2014, e as finais de duas edições da Copa América contra o Chile.
Caminhando para a etapa final da carreira, acredito que Lionel Messi vai continuar sendo espetacular na Seleção mundial do Barcelona. Mas só lá.
