Fábio Muniz: As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração.

“As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração” Helen Keller

Mazzaro é o Mercado Italiano que me traz inúmeras memórias. Dezenas de vezes eu fui ao Mazzaro para tomar o meu cappuccino, comer a minha Sfogliatella enquanto a Sophia dormia no meu colo pendurada no tal do canguru para bebê

Bom dia meus queridos amigos!

Eu quero começar esta manhã com as sábias palavras da menina corajosa, Helen Keller, e que se tornou uma mulher exemplar e extraordinária. Ela disse: “As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração”.

Talvez você me diga: Fábio, isto é muito óbvio…

É verdade, as coisas mais óbvias dependendo de quem as afirmam, podem ter um poder significativo tremendo e viajam para além das meras palavras. O que eu quero dizer com isto?

Pois bem, se você não conhece ou jamais ouviu falar sobre a Helen Keller, há um vasto material na Internet tanto quanto um excelente filme sobre a sua infância, vida, dificuldades e conquistas. Helen perdeu a sua audição e visão com 19 meses de idade. Sendo assim, passou por vales e montanhas, infernos e paraísos para poder com absoluta propriedade afirmar o que acabo de citar acima…

Você me permite repetir as palavras da Helen?

“As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração”.

Dito isto, tomo emprestado as suas palavras e escrevo aqui um segundo e último texto que tem a ver com a minha viagem à Flórida há duas semanas. Caso você não tenha lido a minha coluna anterior, eu te convido a começar por lá. O texto se chama O que você tem amealhado nesta existência?

Ora, a gente sente uma amizade sincera com o coração. A gente se abraça, mas a energia que sentimos tem a ver com o coração. A gente corrige os nossos filhos, e por mais que possamos estar zangados, o mais importante é não perder o coração.

Na realidade, ainda que o indivíduo tenha a visão para ver ou as mãos para apalpar, tudo o que enxergamos ou tocamos, fazemos com o coração…

De modo que Helen Keller, não enxergando, não ouvindo, e apenas tocando com as suas mãos, nos ensinou este princípio absoluto e valor supremo na existência: tudo passa pelo coração…

Um dos textos mais poéticos sobre o amor foi escrito por Paulo, e ele dizia: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”. (1 Coríntios 13:1-3)

Isto posto, eu não tenho dúvidas de afirmar que a sinapse da vida se faz com o coração. A leitura do outro ser humano que foi criado, como eu e você, a imagem de Deus, se faz com o coração. O encontro humano sem preconceito independentemente da cor, status social e nível de educação, se faz com o coração.

Na realidade, eu estou trazendo você para dentro deste texto simplesmente para honrar a amizade de uma comunidade brasileira em Tampa que tenho aprendido a querer muito bem. São gente do bem. São gente que eu posso me reunir e ser eu mesmo. São gente do encontro humano. Você tem amigos assim? Você tem amigos que você pode ser autêntico? Você conhece gente que o teu coração se apazigua e experimenta serenidade na troca de um presente, ao redor de uma mesa de jantar ou entre um bate-papo e café…

Você tem amigos que faz você se sentir à vontade? Você tem amigos que você sabe que pode contar com ele ou ela, e você sabe que não será jamais julgado ou julgada?

A minha viagem foi repleta de reuniões e palestras, teve momentos de reflexões, momentos entre amigos, momentos com a familia da Johnna, e momentos que me tocaram profundamente e que indubitavelmente se tornarão memórias eternas.

Espero de todo o meu coração que você hoje, ou durante esta semana, tenha encontros humanos desta natureza: seja com a tua esposa, com os teus filhos, seja com os teus amigos, ou com alguns dos teus familiares: encontros que se tornarão memórias eternas e que você possa provar que “As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas ou tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração”.

Um forte abraço.

E até a próxima.

Fábio Muniz

Lyon, França

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