Fábio Muniz: Parabéns Sophia! Muitas felicidades e muitos anos de vida….

Bom dia meus amigos queridos e companheiros de jornada…

Hoje eu quero dedicar esta coluna a minha querida filha Sophia que acaba de completar 8 anos de idade.

Aliás, antes de você ler a coluna de hoje, se você ainda não me ouviu falar sobre a Sophia e o seu complexo parto, eu te encorajo a ler o meu texto no portal que se chama “E Deus?! Existe?”

Pois bem, não é novidade para muitos de vocês que me acompanham e conversam comigo quase que diária ou semanalmente, saber que a Sophia é uma menina cheia de energia, cheia de compaixão, e que nos traz muita alegria…

Há duas semanas, recebi uma ligação da minha esposa que me pedia para ir à escola da Sophia porque ela tinha caído e estava chorando. Então, eu imediatamente parei tudo o que estava fazendo, entrei no elevador, corri até o portão da escola que faz literalmente “parece com parede” com o nosso prédio.

De modo que eu chamei a primeira pessoa que vi… ela me levou até a Sophia…

A Sophia correu e me abraçou chorando…

A sua professora estava do lado, e me explicou que ela tinha caído e literalmente capotado sobre o seu bracinho umas três vezes…

Enfim, quebrou o ossinho entre o braço e o pescoço, e ficará com uma talinha por umas quatro semanas…

Claro que não contávamos com este “incidente”. E quem de nós contamos com incidentes? Quem de nós sabemos quando as imprevisibilidades da vida vão chegar? Você tem controle sobre elas?

Eu não tenho. No máximo que eu posso fazer é tomar cuidado para não andar debaixo de um andaime porque o bom senso me diz para não fazer tal idiotice. No máximo que eu posso fazer é não passar do limite da velocidade porque eu posso tomar uma multa. No máximo que eu posso fazer é praticar exercícios físicos e através de uma dieta controlar o meu colesterol.

Ora, eu estou fazendo este preâmbulo somente para te trazer à festinha de aniversário da minha filha Sophia. Conquanto ela estivesse com o seu bracinho enfaixado, e não podendo brincar ou correr, encontramos uma maneira para ela se divertir, comemorar os seus 8 aninhos, ser a juíza das brincadeiras:-) e falar com todos os seus amiguinhos que vieram…

Alguém escreveu no Facebook que a festinha da Sophia parecia uma “mini” ONU…

Uma reuniãozinha das Nações Unidas visto que havia criança dos Estados Unidos, do Brasil, da Argélia, da França, do Japão e Mali, da Rússia…

Isto posto, o que nós podemos aprender com esta coluna que nos convida a refletir no dia de hoje?

Em primeiro lugar, podemos aprender a ser como uma criança. Aliás, eu acho fantástico observar como as crianças brincam, vivem o momento, vivem o presente, não são reféns do passado, não sofrem por antecedência com os fantasmas do amanhã…

Em segundo lugar, podemos aprender a superar os sustos da vida. Alguns sustos nos acachapam. Alguns sustos nos tiram o chão. Alguns sustos nos deixam sem fôlego. Para uma criança de 8 anos, não poder correr ou brincar, especialmente quando tem a visita da vovó no dia do seu aniversário, é algo profundamente triste…

Para nós adultos: Os sustos da vida podem vir com uma cara de traição da melhor amiga, um divórcio inimaginável, a perda de um emprego supostamente estável, a notícia de uma doença aparentemente incurável…

Eu poderia seguir e seguir…

Na realidade, os sustos são inevitáveis. Os sustos são incontroláveis. Os sustos não tem hora marcada. Os sustos fazem parte dos vales e montanhas da existência. Os sustos nos ensinam a ser mais humanos. Os sustos nos transformam de lagartas em borboletas. Os sustos nos ensinam a olhar para dentro e ao redor de nós. Os sustos nos ajudam a perceber…

Eu te convido, nesta manhã, a fazer esta viagem para dentro de você mesmo e começar a tua semana com gratidão no coração, olhando para dentro, e sobretudo, olhando ao redor para abraçar aqueles que estão próximos de você aproveitando cada minuto do dia chamado hoje.

Boa semana! Até a próxima.

Fábio Muniz

Lyon, França

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