O triunfo de 3 a 1 sobre o Atlético (MG), no Mineirão, foi o primeiro do Grêmio num jogo de ida da final da Copa do Brasil.
Aliás, nos 27 anos de história dessa competição – que começou a ser disputada em 1989 – jamais um visitante havia vencido a primeira partida da decisão.
Portanto, para ficar com o título em 2016, o Atlético (MG) também vai ter que quebrar uma escrita e se tornar o primeiro time a virar uma decisão fora de casa.
E a desvantagem não é pequena. O Galo tem que marcar pelo menos dois gols na Arena do Grêmio, quarta que vem, para começar a sonhar em levar a Copa do Brasil para Minas.
Os mineiros confiam no poder do ataque, o melhor do Brasil nesta temporada, com 121 gols. Robinho, com 25, é o artilheiro do Atlético em 2016.
Mas as estatísticas não são animadoras para o Galo mineiro. Só quatro se tornaram campeões virando a decisão no segundo jogo: o Internacional, em 1992; o Sport Recife, em 2008; e o Palmeiras duas vezes, em 1998 e 2015.
Onze campeões fizeram a diferença no primeiro jogo da final.
Renato Gaúcho pode aumentar sua coleção de títulos com o Grêmio, agora como técnico. E ajudar o clube a encerrar um jejum de 14 anos sem conquistas nacionais.
Ele voltou ao comando do tricolor gaúcho em setembro. De lá para cá foram 16 jogos, com sete vitórias, 6 empates e três derrotas. A defesa se tornou ponto forte do time.
E para faturar pela quinta vez e se tornar isoladamente o maior vencedor da Copa do Brasil, o Grêmio pode até perder por diferença de um gol.
Na Arena, só o Sport conseguiu marcar mais. Fez 3 x 0 no dia sete de novembro. Resultado que o Atlético (MG) precisa para sagrar-se campeão direto.
Outro Atlético, o Paranaense, também venceu o Grêmio de Renato Gaúcho em Porto Alegre. Mas foi por 1 a 0, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Só que na marca do pênalti, deu Grêmio.
Os números estão postos. As estatísticas são favoráveis ao Grêmio. E mostram uma tese que sempre acreditei: o primeiro jogo da final costuma ser o decisivo.
No futebol apresentado, a vantagem também é gremista, com um time mais organizado e inspirado.
