Ivanna Fabiani: Coluna Romance – Apresentação

Bom Dia meus caros,

Quando Andreoli me convidou para ingressar e escrever no portal, seu pedido foi o de que eu escrevesse Romances. Romances? Afinal o que é  Romance. Não é apenas a historia de um casal que se ama, é uma narrativa em prosa que se originou das epopeias do seculo 18.  No romance cabem histórias  das mais diversas, a palavra romance tem origem na palavra romanice, lingua falada nas regiões ocupadas pelos romanos .

O Romance, essa escrita longa, nasceu no mesmo tempo em que o romantismo . É um gênero textual para fugir um pouco da realidade. Os personagens vivem uma série de acontecimentos que se combinam para o enredo em um espaço xis com tempos psicológico e cronológico definidos pelo autor.

Andreoli, batizou esta coluna de Romance e contarei algumas histórias para vocês de todo tipo, com e sem noção, liquidas, aprofundadas. Em vários tempos, outros verbos, picantes, amenas, zen, alegres, finais reflexivos. Enfim, a idéia é partilhar e celebrar a vida, através do romance e ter momentos leves.

Meu nome é Ivanna Fabiani, sou jornalista, lancei um livro e algumas antologias, publicitaria, componho,  editora de video, colorista, fotografa, desenvolvi projetos culturais, trabalhei em varias áreas da comunicação e comercial. Já vendi satélite para poder cuidar da família, mãe de dois filhos, amo escrever, morei em vários paises, moro no Brasil há  mais de 35 anos e sou apaixonada por ele e pela literatura brasileira.

Como podem ver sou uma mulher de 53 anos, na mesma faixa etária das meninas dos fins dos  anos 60 e inicio da discoteca, e querem saber me sinto inteira e com muito fôlego Estaremos juntos uma vez por semana no www.portaldoandreoli.com.br com a coluna Romance.

E agora para deixar aquele gostinho do que vem por ai, deixo um aperitivo de prosa para vocês:

“Os olhos, as mãos e os sapatos…
O impacto em vê-lo a primeira vez, foi por inteiro. Suspeitei que fosse o amor da vida incumprido, porque já antes, e tão somente wi-fi,  possibilitou tomar um grande espaço dela.

Ele era exato nas palavras, nas rosas, nas fotos, nos elementos. Na surpresa do vir e na do ir, e deixava o querer mais, aprendeu a ser sem promessas porque lhe espumei contrariedades.

A conquista foi instantânea depois que cedi. E somente cedi, porque fiz ouvidos ao tormento, medo diario, lhe fugi. Chance ao mergulho que poderia ser.

Dura insistência e eu já lhe havia dito que não me faria pertencer, mais jovem em pouco tempo, vivo, bonito com tanto em sua volta, transferiu e isso lhe castigou. Mesmo assim, ele insistia, e a sua insistência, pelos meus olhos foi-me sublime. Parecia saída de Um Vento levou,  uma tempestade que me arremessou no oceano sem boia e não vi mais sequer a praia.

Perdi até a essência de mim e quando me vi nau que aportou naquele pier e o cóndor arremeteu e não lhe segurei nas garras, fui presa igual, assim como ele.

Soltei a corda muito rápido e a nau partiu sem mim, fiquei no seu porto observando o quanto não cabia ali, nem que suplicasse por um parágrafo de historia sequer.

Aquilo era cruel.

Queria o prefácio, e todos os capítulos em seu livro e ser protagonista de um conto rico até o epílogo.

E quantos barcos peguei para sair dali com vistas embaçadas e ele, alcançava a ponta do barco, e eu remava em vão.

Então descia deles e ele me segurava os seios, fotografava o horizonte e me deitava ali. As lembranças de todos os sentidos intocadas para sempre.

Depois de uma coleção de fotos rendi-me ao cansaço, meu dele e me fui. Só assim de longe é que poderei enfim estar perto.

E o amor aumenta a cada dia, das sobras, sombras podem haver cobras, raposas, outras rosas e baobás. O amor que nasceu do entrecortado e aprendeu a não abusar esse ficará, o nosso ou será apenas o meu por ele?

Iniciada a prosa em 2017 em revisão 2021 e infinitamente em revisão como a vida”.

Até semana que vem!

Ivanna Fabiani

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