Eles chegaram captando imagens aéreas encantadoras, com alcance, perfeição e agilidade sensacionais, filmando e fotografando em questão de minutos, o que levaríamos algumas horas ou até mesmo dias para fazer em modo convencional.
Mas a tecnologia foi além, soube explorar e atribuiu novas atividades à esses equipamentos tão funcionais. Hoje, os drones ganharam mais uma função, a de fazer entregas.
Com o crescimento do mercado on-line entre outras necessidades, o drone foi visto como uma solução para a agilidade e rapidez nas entregas.
Países como o Japão, Estados Unidos e China, já utilizam o drone nessa função há algum tempo.
No Japão, os testes com drones para as entregas, começaram em 2016, com o líder do comércio eletrônico japonês, a Rakuten, para a entrega de alimentos e medicamentos. Três anos depois, a empresa SkyDrive estava testando vôos com cargas mais pesadas de até 30kg, porém, com o objetivo de chegar aos 100kg.
Hoje, os drones no Japão também fazem entregas em lugares remotos, de difícil acesso, levando até a população local, desde itens de necessidade básica até materiais para construção.
Na China, o sistema já está totalmente automatizado. Empresas como a DHL Express e Ehang, que desenvolve e fabrica estes veículos aéreos, atuam para reduzir o tempo de entrega com agilidade, carregando cargas de até 5kg. O veículo é totalmente movido por inteligência artificial, usando dados de localização para chegar ao destino, e ainda conta com um sistema de emergência, sendo que é possível acompanhar seu trajeto em tempo real. Para receber a entrega, basta a identificação por meio de reconhecimento facial, leitura das digitais ou o escaneamento do cartão.
Nos Estados Unidos, ainda em 2020, a Administração Federal de Aviação (FAA), autorizou a Amazon a usar drones em suas entregas, e certificou a Wing, empresa de drones da Alphabet, uma holding pertencente ao Google, como a primeira do país a realizar o delivery com os drones., que na verdade, já havia feito sua primeira entrega no ano de 2014, em uma zona rural da Austrália, levando itens de primeiros socorros.
A Wing iniciou o trabalho fazendo entregas em parceria com a rede Walgreen’s e FedEx.
Hoje, o país já conta com outras empresas que fabricam drones para este fim, entre elas a Zipline, que atua em parceria com o Walmart, principalmente para entregas ao público que mora na zona rural, onde as compras são lançadas de paraquedas nos quintais das casas.
A boa notícia, é que o Brasil também já vive essa realidade. Em 2020, a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, autorizou o uso de drones para o serviço de entregas, e assim começaram os testes.
A primeira empresa a ganhar a licença foi a Speedbird Aero, uma startup brasileira que constrói aeronaves não tripuladas. A empresa fundada há quase 5 anos, já tem como principal cliente o Ifood, além de parcerias com a Claro e Mercedes-Benz.
Mas a grande novidade, que entrou em ação recentemente, é da parceria entre iFood e McDonald’s, iniciando a entrega pelos ares de Sergipe. As entregas começaram a ser feitas em Aracaju. O percurso liga o Shopping Riomar Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros.
Para esse trajeto específico, a ação leva apenas 5 minutos, quando através das vias tradicionais, levaria de 30 a 60 minutos. Nesse caso, o drone não vai até a casa do cliente, mas sim, até o ponto de retirada, onde a partir dali, os entregadores fazem o transporte até as residências, o que já otimiza consideravelmente o tempo total da entrega.
Ainda no Brasil, o recurso já está em testes com várias outras empresas, entre elas, Avon, Natura e Ambev, que também estão aderindo à inovação.
Sobre as Vantagens:
O fato é que as empresas buscam soluções, e esse novo recurso de entregas parece atender às necessidades do mercado e do consumidor com algumas vantagens:
– Agilidade na entrega
– Redução considerável de tempo, ou seja, mais entregas em menos tempo
– Entrega facilitada em regiões de difícil acesso
– Redução de custos
– Baixo consumo de energia
– Redução na emissão de CO2
Existem desvantagens?
De momento, podemos dizer que as desvantagens podem e devem ser evitadas mantendo os equipamentos devidamente dentro da regulamentação e licenças estabelecidos pela Anac, usando o aparelho de forma responsável e correta com manutenção frequente para evitar acidentes ou falhas técnicas que gerem prejuízo às empresas, ou que coloquem em risco pessoas e estabelecimentos, e acima de tudo, firmando um controle de segurança e fiscalização muito severos, para que realmente os drones deste segmento não possam ser usados para outros fins não permitidos ou não regulamentados, principalmente pelo fato de que o drone é um veículo de fácil acesso à qualquer lugar ou moradia, e nesse momento, devemos considerar que a nossa segurança doméstica está em espaço térreo e não aéreo, então, o cuidado e controle dessa atividade devem ser ainda maiores.
Precisamos usufruir da tecnologia a nosso favor, de modo que ela facilite nossa vida com soluções, e não trazendo problemas ou facilitando àqueles que pretendem “usurpar” o recurso para ações não bem intencionadas.
Por Kacau
Imagem de capa: gushiciku.cn
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