Roberta de Moraes: Rupturas

Romper o cordão umbilical

Romper com o laço materno… Cair no mundo e tornar-se o maior soldado de seu exército particular.

Romper protocolo, preconceitos, paradigmas. Romper com o que desencoraja… Com ilusões… Com aquilo que não é convergente… romper padrões, ciclos enfadonhos, relações. É preciso coragem para Rupturas. Sair da zona de conforto, desligar-se do óbvio, encontrar com o vazio indesejado para só então, preencher-se com aquilo que se quer de fato.

Romper o silêncio com a palavra, a indiferença empregando afeto, romper a juventude com riscos, barba e maternidade. Romper com as velhas roupas para vestir novos horizontes… romper com o senso comum porque paramos pra pensar. Afastar-se do bando e da massa de manobra por entender-se um

Ultrapassar a metáfora da vida para toca-la no cerne… viver, experimentar, decidir, escolher…

Para toda a ação um novo caminho… para toda reação Ruptura.

Romper o silêncio e a dívida com um sorriso… O frio com a chama que clama por amor… Romper com aquilo que nos pesa às costas para ganhar a liberdade das sutilezas… romper com o breu porque se é luz, romper com o discurso porque se quer paz.

Romper com tudo que insatisfaz…

No palco da vida em que sou a atriz principal, cabe a mim romper com o anonimato das cochilas e saltar inteira… Entre aplausos e esquecimento. Até que a

Morte, passagem pra onde não se vê, rompa a vida, e me feche os olhos para tudo o que vi o que sei, e para tudo aquilo para o qual nunca terei respostas.

 

Roberta de Moraes

 

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

 

Imagem: Tchelo Assaf

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