Muitas vezes eu percebo que dou mais valor as situações do que elas realmente merecem. Muitas vezes damos muito valor as opiniões dos outros, nos preocupamos demais com resultados, sofremos de ansiedade as vésperas de alguns acontecimentos e eventos, parece que as coisas tomam uma proporção de totalidade, como se aquela situação “X” se corresponde ao que somos ou a qualidade do que fazemos.
Claro que as coisas têm importância, não quero levantar a bandeira que nada importa, mas quero sim cravar a bandeira que temos que equilibrar as coisas na vida.
Quando falo de importância estou falando diretamente do nível de emoção e estresse que essas situações adicionam no nosso dia a dia. Além de tudo isso temos que somar a nossa capacidade de valorizar demais as experiencias ruins e pouco as boas.
Do que estou falando?
Temos que tomar cuidado na forma que nos relacionamos com momentos bons e ruins, porque é muito comum nos apegarmos demais e estendermos a história quando é ruim. E quando vivemos um momento bom ele não ganha a mesma atenção. Temos a tendencia de nos apegarmos mais ao negativo do que o positivo.
Historicamente já vivi isso de forma drástica assumindo a falência da minha empresa como minha, ou seja, aos meus vinte e poucos anos, não dei conta de administrar uma empresa familiar e tivemos que fechar a empresa com algumas dívidas, na teoria a empresa faliu, para mim eu fali. Como eu administrava a empresa e ela quebrou, eu quebrei. Eu realmente dei muito mais importância do realmente deveria, mas eu só sei disso agora.
Tudo isso que estou falando vem permeando a minha cabeça a mais de vinte anos e eu ainda me sinto em pleno aprendizado sobre como equilibrar a vida. Não sei o quanto o que eu vivo corresponde ao que as pessoas em geral vivem, mas penso que posso ajudar de alguma forma compartilhando o que vem me ajudando a equilibrar. Venho buscando um equilíbrio entre razão, emoção e espiritualidade. A espiritualidade para minha a vida está diretamente ligada à minha relação com Deus, a emoção me traz energia e ao mesmo tempo me obriga a entende-la para controlar o que fazer e tenho que racionalizar alguns momentos para entender o que está rolando e não deixar que a situação seja consumida pela emoção.
Com tudo isso, o que venho fazendo na minha vida é realmente escolher como quero me relacionar com cada situação, com cada área da minha vida e com cada pessoa com quem me relaciono. Quero realmente dar o devido valor e intensidade para todas as coisas. Tenho um desejo genuíno de viver em paz e para isso tenho que fazer melhores escolhas sobre onde vou depositar minhas emoções.
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