Adultos com Autismo – a importância de um olhar mais atento

Olá, querida leitora,

Ainda não sabemos o número de pacientes adultos com autismo no Brasil, mas nos Estados Unidos, depois de muitas simulações, um estudo super detalhado concluiu que cerca de 2,21% dos adultos têm TEA [1].

Para chegar a essa conclusão, eles não só usaram informações sobre crianças com TEA, mas também fizeram muitos ajustes e cálculos para ter certeza de que estavam no caminho certo. Se desejar entender melhor as conclusões, você pode acessar a publicação na íntegra [1].

Além de estabelecer essa estimativa, o estudo foi além e destacou que o autismo não é uma condição que se limita à infância.

É possível que  em nosso país exista um percentual semelhante de adolescentes e adultos com TEA.

A maioria deles, assim como as crianças, dadas as devidas proporções, também enfrenta desafios enormes e necessita de suporte significativo nas rotinas sociais.

Muitos podem precisar de adaptação nos empregos e em atividades acadêmicas no ensino médio e universidades, para tentar reduzir os impactos que os sintomas do autismo têm em suas vidas.

Além desta parcela que está inserida no mercado de trabalho e escolas, devemos lembrar daqueles que necessitam de maior suporte.

Como ficarão se seus cuidadores principais falecerem?

É duro falar sobre este futuro, mas quando se trata de esperança e vida, há uma ordem natural nas coisas: com a diferença de idade entre gerações, é uma realidade comum os filhos viverem após a morte de seus pais.

Perder nossos pais é terrível e nos deixa sem chão durante muito tempo. Sei bem por que demorei a superar o luto da partida dos meus.

Por isso, a maioria de pais e mães que têm filhos com autismo nível de suporte 2 ou 3, vive apavorada por não ter outros cuidadores da família para substituí-los.

Veja Também  Redução de Jornada – Um Direito do Servidor Público que tenha um Filho com Autismo

Daí a importância de olharmos com atenção para o assunto e buscar meios para

Vamos difundir a informação e buscar conscientização sobre o tema.

Conheça e busque pelos seus direitos. Nossos filhos merecem respeito. E lembre-se: aqui é um lugar para você se sentir acolhida! Me escreva sobre suas dúvidas ou compartilhe algum desafio se desejar. Será uma honra conhecer você melhor!

Um beijo e até a próxima quarta-feira.

Juçara Baleki

@querotratamento

[1] Ed. Dezembro/2020, revista Journal of Autism and Developmental Disorders: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32390121/

 

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Imagem: Shutterstock

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