Flor em árido sertão – Repost

Homenagem ao dia das mães 

“Marias, meninas, Clarices,

Tão mulheres…

Castanhas, orientais,indígenas, loiras, lindamente negras.

Mãe de todas as cores, todas as raças, pulsar de amores infinitos.

Mãe biológica,

Amiga do colo que afaga,

Da bronca que enfrenta,

Da espada que empunha.

Punho em flor!

A mulher, por existência, é líder em seus círculos.

É ela que enxerga quando olha, renasce a cada manhã, suporta, supera, transmuta, transforma, e permanece linda, ainda que cansada, ainda que se renda.

Mulher das rendas de todas as cores,

Chefe de bocas famintas,

Dona das matilhas e dos sagrados ventres.

Emana luz!

Administradora nata de departamentos e corações,

Visceral, vênus, determinada e revolucionária.

Tudo pode e pouco pede.

Dona de si e de cada mundo que abraça

Saltos altos ou pés no chão

É o clarão das noites mais cinzentas

Nos castelos ou à beira do abismo.

Que sua voz se propague pelos quatro cantos do planeta,

Geração em geração.

Que seu trabalho nunca seja em vão e liberte!

Voe borboleta!

A terra está fecunda para que nela plante seus sonhos.

A terra é tua porque só tu germinas…

E germinas flor em árido sertão.”

Feliz dia das mães a cada uma de vocês e a toda a nossa ancestralidade.

Um beijo!

Roberta de Moraes

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