No silêncio da noite, uma criança pergunta ao vento:
“Por que as estrelas brilham tão longe,
enquanto as lágrimas caem tão perto?”
Seus olhos, janelas para um mundo
onde a dor é sombra que rouba a luz,
refletem o medo de um abraço que machuca,
de palavras que cortam como vidro estilhaçado.
“Por que o riso se esconde nos cantos escuros,
e o monstro se disfarça de familiar?
Por que o amor, que deveria ser doce,
Tem gosto amargo de medo e solidão?”
Cada marca em sua pele é um verso
de um poema que nunca quis escrever.
Cada silêncio é um grito abafado,
um pedido de socorro engolido pelo pavor.
“O que fiz para merecer a dor,
senão nascer ?
Por que os dias são tão longos e as noites tão frias,
quando tudo que desejo é um colo seguro?”
A criança, pequena flor em campo de espinhos,
pergunta à lua, guardiã das noites escuras:
“Há um lugar onde o sol sempre brilha,
Onde os abraços são ternos e os sorrisos sinceros?”
Em sua voz, um eco de milhares,
um coral de almas feridas clamando por esperança.
“O mundo, assim tão vasto, não pode ser só dor.
Existe um canto onde a paz floresce, onde eu possa sonhar?”
E a lua, com seu brilho pálido, responde:
“Pequena estrela, criança da nova aurora, é Você a promessa
de um amanhã onde o amor vence a violência,
onde cada lágrima é apenas um passado distante.”
No alvorecer de um novo dia, a criança sussurra:
“Não quero mais perguntas sem respostas,
quero um mundo onde as crianças sorriam,
onde a inocência seja protegida e celebrada.”
“Ah, sim! É paz a palavra. Eu quero paz para existir.”