Brinquei com alguns amigos dizendo que o festejo da semana que passou foi como o resultado de um jogo de 1×1. “Poxa, mas empate é positivo? Não é melhor ganhar logo de uma vez?”, questionaram alguns. Sim, o empate é o melhor resultado sobre as conquistas das mulheres nesta sociedade. É como um placar de soma não zero de relações de reciprocidade, que motivam “situações em que a colaboração é favorável, em que faz sentido unir forças, negociar os interesses e realizar ações coordenadas”. É aquela situação de ganha ganha: mulheres ganham com mais respeito e direitos iguais, e os homens também ganham com as conquistas delas.
Vi com os olhos orgulhosos a pequena Julia, de 5 anos, acompanhando a mãe na manifestação do Dia das Mulheres, em São Paulo, erguendo os braços e lutando no meio da multidão. Também vi uma amiga se impor diante do comportamento machista de um colega de trabalho que insistia em monopolizar o discurso de uma reunião. Teve amiga que pediu o noivo em casamento e também a carioca Fernanda Bellas mandando muito bem em um curso de churrasco acompanhado majoritariamente por homens.
Dá para ver o que isso significa? É que garotas, quando fazem coisas como garotas, com liberdade e espaço para fazerem tão bem como garotas, colaboram para homens experimentarem o novo. Quando elas assumem a liderança ou se encorajam para se comportar de forma igual, é possível proporcionar aos homens a opção de rever atividades socialmente impostas por gênero, que também os aprisionam e pressionam.
Ah, e por falar em mulher que pede o homem em casamento, esse é o próximo assunto que vou abordar aqui. Estou ansiosa para saber sua opinião sobre o tema. Participe deixando seu comentário, quem sabe ele não aparece por aqui na próxima coluna?!