Ao longe se ouve um tamanho barulho, e há quem diga ser de um trovão, a chuva desenfreada de um bom verão na tarde quente ou enorme rajada de vento….
E eis que olhando para os lados, mas quem percebe com cuidado, do céu, surgem…será o Super Homem? Um míssil teleguiado? Os Vingadores em busca de justiça? Não desta vez!
São os aviões trazendo os personagens de um enorme feito, nunca vistos, em sua maior grandeza, fora dos domínios da América do Norte. Muito menos aqui no Brasil.
O Philadelphia Eagles e os Green Bay Packers se enfrentam na Abertura dos Jogos da NFL.
A camisa 10 do Philadelphia Eagles é de Sean Jackson e a camisa 10 do Green Bay Packers pertence à Jordan Love.
Mas a nossa crônica é sobre futebol, aquele de bola redonda, de terra batida, de bola pesada e capotão, de chuteira toda usada, para se amoldar aos calos e joanetes e onde somente o goleiro pode colocar a mão na bola!?
Exato, mas assim como nosso futebol raiz, que veio da Inglaterra, na imaginação e prática de um jovem Charles Miller em 1894.
O que posso dizer em defesa da crônica e da própria história, o futebol é um organismo vivo e acompanha a sociedade.
Se antes não haviam mulheres nem mesmo nas arquibancadas, hoje elas desafiam as regras e disputam as jogadas sem medo de serem felizes.
E essa é a lei da vida e a sua evolução!
Nas minhas pesquisas curiosas descobri que essas “eagles” (águias) descobriram um mundo de churrascos, caipirinhas, samba no pé e muito pagode, de torcedores apaixonados que querem aprender mais e mais dessa bola “oval”.
O verde tradicional do uniforme dos Eagles, foi abolido e agora é preto e branco e os Packers também se empolgaram nessa terra tão estranha e se “embalaram” em nossas vistas tão formosas.
Aqui no solo dessa terra tão gentil, que generosamente acolhe à todos com amor, os termos midiaticos são “cornerback”, “kicker”, “playmacker”.
E os passos deixaram de ser passos, são jardas.
E o segredo não é a bola na casinha, tal qual o futebol brasileiro, mas sim fora da casinha e quase tão longe quanto o céu!
No campo da maior torcida de “loucos” que se reúne como um povo só e vibra numa só idéia. …vamos pagar as dívidas do Estádio, e ter o nosso….”Nossa” sem sombra de dúvidas e sem dívidas.
A NFL teve sua fundação em 20 de Agosto de 1920, e seu maior campeão é o Green Bay Packers com 13 títulos.
O Corinthians fundado em 01 de Setembro de 1910, recebe a Abertura dos Jogos da NFL uma presença histórica, um momento memorável e para ser celebrado com todos os torcedores do Brasil pela visibilidade, pela iniciativa corajosa e pela energia sem comparação que o Estádio Arena Neo Química deu o pontapé inicial que jamais será esquecido.
Importante festejar o time do São Joanense da Cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo por seu excelente trabalho.
Dentre seus atletas que surgiram para o futebol com presença marcante na história do Esporte Bretão, o São Joanense teve dois Capitães da Seleção Brasileira.
Hideraldo Luiz Bellini, nascido em Itapira, no interior de São Paulo e Capitão em 1958, da Seleção do Brasil
Bellini foi do São Joanense, do Vasco da Gama, do São Paulo Futebol Clube e do Atlético Paranaense.
E além de Bellini, também Mauro Ramos de Oliveira, nascido em Minas Gerais, defendeu a Caldense, o São Joanense e se tornou o Capitão da Seleção Brasileira de 1962.
Mauro Ramos de Oliveira, recebeu o apelido de Martha Rocha por sua elegância fora dos campos do futebol.
O São Joanense fundado em 1916 possui em seu uniforme as cores de preto e vermelho.
O que move um sonho?
Meu pai sonhava ser goleiro, daqueles que voavam até a casa da coruja, e realmente se dedicava para alcançar defender as traves e as redes.
Minha vó, no tempo que se podia brincar bastante ruas, deixava ele realizar suas aventuras. O menino alto de canelas finas e cabelos lisos e bem brancos e olhos super azuis, amava descer a ladeira cruel e famosa da rua Budapeste, no Ipiranga.
Nas sextas feiras a feira e suas barracas tomavam todo o espaço, então os telhados e os campinhos de terra vermelha eram o melhor palpite.
De chinelos ou de pé descalço, com chuva ou sol, o guarda metas, se atirava sem medo, para defender as bolas, esfolar os joelhos e voltar para casa com “medalhas de bravura”.
Mas Dona Nair, já conhecia bem essas artimanhas e esperava meu pai Dulcidio Wanderley Boschilia, com o mais convincente dos argumentos que conhecia, um bom tamanco de madeira que se ouvia por toda a rua e que na pele, deixavam mais que marcas.
Quando meu avô Seu Antonio Boschilia, brigou feio com o jovem filho, e ironizou seus sonhos e desacreditou sua determinação, criou um desafio, um objetivo que meu pai carregou para a vida toda.
Foi policial, advogado, jornalista, ator, cantor, juiz de futebol e carregou o sobrenome dos Boschilia o mais alto que se possa imaginar.
Nunca desista, mesmo que os opositores estejam entre suas páginas de vida….
Agradeço as pessoas que me contaram essas maravilhas e espero vocês na semana que vem…Para mais Segredos do Futebol.