Estudo Científico Promete Diagnóstico Preciso de Autismo através de Imagens Cerebrais

Estudo Científico Promete Diagnóstico Preciso de Autismo através de Imagens Cerebrais
Créditos: Techmundo

Recentemente, um grupo de cientistas da Universidade da Virgínia conseguiram, identificar variações cerebrais ligadas ao autismo através de imagens de ressonância magnética, oferecendo uma nova abordagem para diagnosticar este transtorno nos pacientes de forma mais precisa e precoce.

O estudo sobre a técnica de diagnóstico de autismo por meio de imagens cerebrais foi publicado na revista Science Advances em um artigo chamado “Descobrindo a ligação gene-cérebro-comportamento no autismo por meio do aprendizado de máquina generativo” em 14 de junho de 2024.

Essa técnica, é baseada na análise de ressonâncias magnéticas e utiliza um método inovador de modelagem matemática chamado morfometria baseada em transporte (TBM).

Os pesquisadores apontam no artigo que essa nova ferramenta tem uma precisão impressionante de 89% a 95% na identificação de marcadores genéticos associados ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o que pode significar uma verdadeira revolução na maneira como o autismo é diagnosticado e tratado.

 

Como Funciona o Método?

A técnica TBM não é uma análise de imagem tradicional. Diferente das abordagens anteriores que se baseavam em padrões gerais de comportamento ou na análise de como o cérebro responde a estímulos, esse método foca em processos biológicos profundos.

Ele mede o transporte de moléculas no cérebro e como essas moléculas interagem com as estruturas cerebrais. Essas mudanças estruturais estão ligadas a variações genéticas, chamadas variações no número de cópias, que são conhecidas por aumentar o risco de autismo.

Em resumo, o que essa técnica promete fazer é observar como as diferentes áreas do cérebro de uma pessoa com autismo se organizam e funcionam em comparação com aquelas de pessoas sem a condição. Isso permitirá que os cientistas detectem diferenças sutis no tamanho e na condução de impulsos elétricos em certas partes do cérebro, oferecendo uma maneira precisa de realizar o diagnóstico de TEA.

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A Precisão e os Resultados do Estudo

Os autores da pesquisa esperam que essa técnica não apenas antecipe o diagnóstico, mas também personalize o tratamento. Por exemplo, ao identificar variações genéticas específicas e as alterações estruturais no cérebro, os médicos podem ajustar as terapias de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Isso seria um grande passo para a medicina personalizada no tratamento do autismo.

Os pesquisadores afirmam que o estudo demonstrou uma precisão de até 95% na detecção de autismo com base em imagens cerebrais. Os dados utilizados no estudo vieram do “Simons Variation in Individuals Project”, uma pesquisa que envolve pessoas com variações genéticas ligadas ao autismo. A equipe de cientistas da Universidade da Virgínia, em colaboração com a Universidade de São Francisco e a Universidade Johns Hopkins, conseguiu mapear padrões cerebrais complexos e conectá-los a alterações no código genético de indivíduos diagnosticados com TEA.

O que torna essa abordagem ainda mais interessante é a possibilidade de que essas variações cerebrais possam ser utilizadas no futuro para guiar tratamentos terapêuticos mais específicos. Os pesquisadores acreditam que ao entender melhor as conexões entre variações genéticas, estrutura cerebral e comportamento, será possível desenvolver intervenções mais eficazes e personalizadas para os pacientes.

 

O Futuro da Pesquisa

Embora esses resultados sejam incrivelmente promissores, os pesquisadores destacam que ainda há muito trabalho a ser feito. Essa abordagem baseada na genética pode ser o primeiro passo em direção a uma medicina verdadeiramente personalizada para o autismo, permitindo que médicos tratem a condição com mais precisão.

Além disso, essa técnica pode abrir portas para o tratamento de outras condições neurológicas, como Parkinson e Alzheimer, que também envolvem variações estruturais no cérebro.

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Ao refletirmos sobre esses avanços, vemos como a informação é uma poderosa ferramenta para garantir que todas as pessoas com autismo tenham acesso a diagnósticos precoces e tratamentos individualizados.

Compartilhar conhecimento e informação com outras pessoas que podem estar passando pelas mesmas dificuldades é um ato de amor e apoio à comunidade.

Então, compartilhe! Mande suas dúvidas ou desafios e sinta-se acolhida aqui! Vamos juntas, na construção de um futuro mais inclusivo e cheio de esperança para todas as pessoas com autismo.

Um beijo e até a próxima quarta-feira.

 

Fonte:

Veja: Cientistas descobrem como identificar autismo por imagens cerebrais
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/cientistas-descobrem-como-identificar-autismo-por-imagens-cerebrais/

Discovering the gene-brain-behavior link in autism via generative machine learning” Publicado em Science Advances, este estudo detalha a nova técnica de aprendizado de máquina generativo aplicada para entender as ligações entre genes, cérebro e comportamento no autismo.
Link: Discovering the gene-brain-behavior link in autism via generative machine learning​(UVA College of Arts Sciences)​(Neuroscience News).

 “Research cracks the autism code, making the neurodivergent brain visible”
Publicado pela University of Virginia School of Engineering and Applied Science, este artigo aborda como a pesquisa utilizando morfometria baseada em transporte (TBM) está permitindo identificar variações genéticas associadas ao autismo. Link:
Research cracks the autism code​(ScienceDaily)​(University of Virginia Engineering).

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