Não é sempre que comemoramos 53 anos de casados!

Olá meus amigos queridos,

Papai e mamãe comemoraram 53 anos de casados na semana passada.

Não é sempre que comemoramos 53 anos de casados.

Não é todo dia que encontramos um casal que está junto há tanto tempo.

Isto posto, quero dedicar a coluna de hoje para parabenizá-los.

Parabéns papai e mamãe!

A gente se casa, mas na realidade o casamento se faz na jornada da vida.

A gente se casa, mas o casamento se edifica com perseverança, paciência, perdão, carinho e com a decisão constante de amar.

A gente se casa, mas o casamento está pra além da data marcada, local marcado e hora marcada. Na verdade, a gente se casa todos os dias, o tempo todo, ao decidir permanecer ao lado da pessoa com quem nos casamos.

A gente se casa, mas a imprevisibilidade da vida, com seus altos e baixos, as crises de todas as naturezas — sejam elas financeiras, nas diferenças de estilos ao educar os filhos ou simplesmente porque o nosso corpo começa a envelhecer e a saúde minguar nos testam, e nos desafiam a provar se estamos, de fato, casados.

Numa realidade brasileira que nos mostra assustadoramente que 47,7% dos casamentos terminam em divórcio antes de completarem 10 anos, permanecer casado com o cônjuge por 53 anos é como se achássemos uma pérola de grande valor.

Numa realidade brasileira que nos mostra que o número de divórcios em 2022 chegou a 420 mil e se tornou um recorde histórico de acordo com os dados do IBGE, celebrar 53 anos de casados é como se visitássemos algum país nórdico e ficássemos cara a cara com a aurora boreal.

Pois bem, em uma época que parece tudo ser tão superficial e passageiro, as histórias como a de papai e mamãe no chão da existência nos lembram que o verdadeiro valor está na construção diária, no compromisso e na resiliência.

Ora, celebrar 53 anos de casamento não é apenas uma vitória pessoal, mas também um testemunho de que laços profundos e duradouros ainda podem prosperar em meio a desafios. Para além das estatísticas preocupantes, essas histórias inspiram e reacendem a esperança de que o amor, cultivado com paciência e dedicação, pode atravessar o tempo. Eu espero de todo o meu coração que a coluna de hoje nos sirva de profunda inspiração para valorizar e nutrir as relações que valem a pena e importam em nossas vidas.

Fábio

Collonges au Mont D’Or.