Às Vésperas do Natal

Créditos: Faculdade de Direito da UFMG

Bom dia, meus queridos amigos,

Estamos às vésperas do Natal!

Desejo a todos vocês um Natal cheio de paz, saúde e muita confraternização. O Natal é um momento mágico para se celebrar em família, um convite para recomeçar, renascer e refletir. Mesmo diante das adversidades, ele nos lembra que há sempre esperança e a possibilidade de superação.

Natal é uma festa que nos transporta à pequena cidade de Belém, que ganhou um significado extraordinário por ser o local onde nasceu Jesus de Nazaré.

Ao olharmos para o presépio, é fácil imaginar que a jornada até Belém foi simples e tranquila. Mas você já parou para pensar como ela realmente foi?

A jornada de Maria e José foi duríssima! Eles precisaram viajar de Nazaré a Belém não por vontade própria, mas por causa do decreto de César Augusto para o recenseamento. Uma longa viagem de aproximadamente 120 km, sem carros ou meios de transporte rápidos e confortáveis. Agora imagine Maria, grávida, enfrentando esse desafio com a única certeza da promessa divina recebida por meio de um anjo.

Quando chegaram a Belém, tudo ficou ainda mais difícil. Devido ao recenseamento, não havia vagas nas hospedarias, e Maria estava prestes a dar à luz. Você consegue imaginar a aflição, o medo e talvez até a dúvida de que Deus cumpriria o prometido? Quem sabe eles tenham pensado, mesmo por um momento, que tudo não passava de um sonho ou imaginação.

Mas foi em um simples estábulo que o menino Jesus nasceu. Um local humilde e improvável, demonstrando a fé e a resiliência de Maria e José. Pode o Messias nascer em uma manjedoura? Pode o Cristo ser acolhido em um lugar tão simples, com moscas voando e cheiro de esterco? Não, o primeiro Natal não foi limpinho ou cristalino como às vezes imaginamos.

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E a dificuldade não terminou ali. Após o nascimento, Maria e José precisaram lidar com o perigo iminente, tornando-se refugiados para proteger Jesus. Temendo a chegada de um “Rei dos Judeus”, Herodes ordenou a morte de todos os meninos com menos de dois anos em Belém, obrigando a família a fugir para o Egito.

Ainda assim, Maria e José viveram um dia de cada vez. Superaram os desafios protegendo o bebê e confiando nas intuições, nos sinais sobrenaturais e na orientação divina. Eles foram obedientes e fiéis às promessas feitas pelos anjos.

Portanto, o primeiro Natal não foi mágico ou leve como muitas vezes imaginamos. Pelo contrário, foi tenso, cheio de questionamentos e dificuldades. Mas foi também um marco de coragem, resiliência e fé — características que fizeram daquele momento um evento celebrado por mais de dois mil anos.

Espero, de todo o meu coração, que a mesma coragem de Maria, a sabedoria de José, a resiliência do casal e a alegria de superar os absurdos e impossibilidades da vida renasçam na manjedoura existencial de cada um de vocês.

Um Feliz Natal!
Fábio
Collonges-au-Mont-d’Or

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