Transtorno do Pânico: O medo que Apavora!

É normal sentir medo ao caminhar por uma rua escura, mas não é normal sentir medo dentro de casa, com as portas trancadas. É comum sentir medo ao fazer uma tarefa nova no trabalho, mas não é normal que esse medo impeça a pessoa de realizar essa atividade por completo.
O medo também faz com que o indivíduo apresente sintomas físicos, que incluem mãos geladas, sudorese, palpitações, formigamento em mãos e pés, extremidades que ficam geladas, falta de ar, ondas de calor e tontura.
O medo costuma ser um sinal de síndrome do pânico ou de outras condições como o TEPT (transtorno de estresse pós-traumático).
Quando a sensação de medo não passa depois de uma situação potencial de risco (como caminhar em uma rua escura, por exemplo) e quando ele impede que a pessoa realize atividades que a fariam feliz, normalmente é preciso buscar ajuda médica e Psicológica para descobrir o que está causando esse medo profundo.
Existem diversas maneiras da síndrome do pânico se manifestar, mas geralmente são crises e transtornos de ansiedade inesperadas, no qual o indivíduo possui um desespero e medo intenso. Ele acha que a qualquer minuto algo ruim pode acontecer, mesmo que não exista perigo ou motivo para tais sentimentos.
Assim, a pessoa que possui essa síndrome, sofre por um pânico agudo em repetidas crises, alimentado por um medo exponencial de algo acontecer inesperadamente. Essas crises também possuem preocupações, isto é, a pessoa que sofre tem muito receio de ter novos ataques e consequentemente toda sua rotina do dia a dia é influenciada.
Há o receio consciente do medo tirar o controle de sua própria vida, de enlouquecer ou até mesmo ter um ataque do coração causado pelo transtorno. O abuso do álcool e drogas é uma das maneiras que as pessoas portadoras do transtorno encontram a fim de tentar controlar esse sentimento de perda de controle.
Ainda não se sabe exatamente por que acontece a síndrome do pânico, mas diversos fatores podem desencadeá-la, como:
  • estresse;
  • ansiedade;
  • genética;
  • temperamento forte;
  • traumas, entre outros.
Sintomas da Síndrome do Pânico
Os ataques acontecem sem aviso prévio, e também em qualquer período do dia ou situação. E é por esse motivo que muitas pessoas que enfrentam os sintomas possuem medo de, enquanto estarem em público, como dirigindo, em meio a uma reunião de trabalho, entre outras situações, a síndrome ataca-la, causando constrangimento.
Vale ressaltar que uma crise dura cerca de 10 a 20 minutos mas em alguns casos, pode ser até por horas.
Dentre os sintomas psicológicos da síndrome do pânico estão:
  • sensação de morte;
  • sensação de perigo;
  • medo de perder o controle;
  • medo de uma tragédia;
  • sentimentos desesperadores;
  • apatia e indiferença;
  • sensações de estar fora da realidade.

Também podemos identificar os sintomas físicos da síndrome do pânico:

  • formigamento nas mãos, rosto e pés;
  • palpitação;
  • tremores;
  • pálpebra dos olhos tremendo;
  • dificuldade para respirar;
  • calafrios;
  • ondas de calor;
  • náuseas;
  • dores abdominais, no peito e na cabeça;
  • tontura;
  • desmaio;
  • sudorese;
  • sensação de garganta fechada.
Lembrando que não é em todo o ataque que necessariamente esses sintomas aparecerão.

Diagnóstico da Síndrome do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) é classificado dentro do grupo de transtornos de ansiedade. O diagnóstico é realizado pelo médico através de exames clínicos físicos e também de uma análise psicológica, onde o psiquiatra identifica as causas e gatilhos do quadro e encaminha o tratamento adequado para cada paciente.

Síndrome do Pânico tem cura?

Nos termos psiquiátricos, diz-se em “remissão de sintomas” mais do que “cura”. O tratamento do transtorno apresenta bons resultados na maioria dos casos e pode ser finalizado em poucas semanas. Mas, é claro, existem casos em que o tratamento é mais longo e, por vezes, as sessões de psicoterapia devem ser frequentes e mantidas ao longo da vida., assim como o uso de medicamentos.
Lidar com o transtorno não é fácil, afinal as crises não tem hora pra acontecer.
Além disso, quem sofre do transtorno tem instabilidade no trabalho, pois tendem a ser menos produtivas e, consequentemente, a ficarem desempregadas. As relações interpessoais tais quais amizade, relacionamentos e casamentos também são prejudicadas, já que lidar com o problema é difícil e nem todo mundo sabe como o fazer.
Por isso, caso tenha alguém querido sofrendo do transtorno, pesquise como ajudá-lo ao invés de se afastar. A síndrome do pânico tem tratamento!

Buscando ajuda psicológica

O importante é que a pessoa entenda que de maneira alguma é vergonhoso procurar ajuda, pois só ela será realmente válida para conseguir amenizar os medos que são gatilhos das crises.

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