É normal sentir medo ao caminhar por uma rua escura, mas não é normal sentir medo dentro de casa, com as portas trancadas. É comum sentir medo ao fazer uma tarefa nova no trabalho, mas não é normal que esse medo impeça a pessoa de realizar essa atividade por completo.
O medo também faz com que o indivíduo apresente sintomas físicos, que incluem mãos geladas, sudorese, palpitações, formigamento em mãos e pés, extremidades que ficam geladas, falta de ar, ondas de calor e tontura.
O medo costuma ser um sinal de síndrome do pânico ou de outras condições como o TEPT (transtorno de estresse pós-traumático).
Quando a sensação de medo não passa depois de uma situação potencial de risco (como caminhar em uma rua escura, por exemplo) e quando ele impede que a pessoa realize atividades que a fariam feliz, normalmente é preciso buscar ajuda médica e Psicológica para descobrir o que está causando esse medo profundo.

Existem diversas maneiras da síndrome do pânico se manifestar, mas geralmente são crises e transtornos de ansiedade inesperadas, no qual o indivíduo possui um desespero e medo intenso. Ele acha que a qualquer minuto algo ruim pode acontecer, mesmo que não exista perigo ou motivo para tais sentimentos.
Assim, a pessoa que possui essa síndrome, sofre por um pânico agudo em repetidas crises, alimentado por um medo exponencial de algo acontecer inesperadamente. Essas crises também possuem preocupações, isto é, a pessoa que sofre tem muito receio de ter novos ataques e consequentemente toda sua rotina do dia a dia é influenciada.
Há o receio consciente do medo tirar o controle de sua própria vida, de enlouquecer ou até mesmo ter um ataque do coração causado pelo transtorno. O abuso do álcool e drogas é uma das maneiras que as pessoas portadoras do transtorno encontram a fim de tentar controlar esse sentimento de perda de controle.
Ainda não se sabe exatamente por que acontece a síndrome do pânico, mas diversos fatores podem desencadeá-la, como:
- estresse;
- ansiedade;
- genética;
- temperamento forte;
- traumas, entre outros.
Sintomas da Síndrome do Pânico
Os ataques acontecem sem aviso prévio, e também em qualquer período do dia ou situação. E é por esse motivo que muitas pessoas que enfrentam os sintomas possuem medo de, enquanto estarem em público, como dirigindo, em meio a uma reunião de trabalho, entre outras situações, a síndrome ataca-la, causando constrangimento.


Vale ressaltar que uma crise dura cerca de 10 a 20 minutos mas em alguns casos, pode ser até por horas.
Dentre os sintomas psicológicos da síndrome do pânico estão:
- sensação de morte;
- sensação de perigo;
- medo de perder o controle;
- medo de uma tragédia;
- sentimentos desesperadores;
- apatia e indiferença;
- sensações de estar fora da realidade.
Também podemos identificar os sintomas físicos da síndrome do pânico:
- formigamento nas mãos, rosto e pés;
- palpitação;
- tremores;
- pálpebra dos olhos tremendo;
- dificuldade para respirar;
- calafrios;
- ondas de calor;
- náuseas;
- dores abdominais, no peito e na cabeça;
- tontura;
- desmaio;
- sudorese;
- sensação de garganta fechada.
Lembrando que não é em todo o ataque que necessariamente esses sintomas aparecerão.
Diagnóstico da Síndrome do Pânico
O Transtorno do Pânico (TP) é classificado dentro do grupo de transtornos de ansiedade. O diagnóstico é realizado pelo médico através de exames clínicos físicos e também de uma análise psicológica, onde o psiquiatra identifica as causas e gatilhos do quadro e encaminha o tratamento adequado para cada paciente.
Síndrome do Pânico tem cura?
Nos termos psiquiátricos, diz-se em “remissão de sintomas” mais do que “cura”. O tratamento do transtorno apresenta bons resultados na maioria dos casos e pode ser finalizado em poucas semanas. Mas, é claro, existem casos em que o tratamento é mais longo e, por vezes, as sessões de psicoterapia devem ser frequentes e mantidas ao longo da vida., assim como o uso de medicamentos.


Lidar com o transtorno não é fácil, afinal as crises não tem hora pra acontecer.
Além disso, quem sofre do transtorno tem instabilidade no trabalho, pois tendem a ser menos produtivas e, consequentemente, a ficarem desempregadas. As relações interpessoais tais quais amizade, relacionamentos e casamentos também são prejudicadas, já que lidar com o problema é difícil e nem todo mundo sabe como o fazer.
Por isso, caso tenha alguém querido sofrendo do transtorno, pesquise como ajudá-lo ao invés de se afastar. A síndrome do pânico tem tratamento!
Buscando ajuda psicológica
O importante é que a pessoa entenda que de maneira alguma é vergonhoso procurar ajuda, pois só ela será realmente válida para conseguir amenizar os medos que são gatilhos das crises.