“Aqui se plantando tudo dá”, assim afirmou Pero Vaz de Caminha, o Escrivão, numa carta ao Rei de Portugal.
A terra é fértil e o solo pronto para plantação e a boa colheita. Realmente possuía ele, toda a razão.
Aqui desde cedo, nascem jovens habilidosos com a bola nos pés, com a raquete nas mãos, com a agilidade do salto e as piruetas no ar.
Tão jovens que começam no Kart e se tornam grandes pilotos de fórmula 1, do ping pong à natação, reis da cesta no basquete, do vôlei com a jornada nas estrelas.
Do boxe peso pena de tão leve, ao mais pesado dos heróis.
Tão grandes e gigantes que deixaram seus nomes na história, a conferir Diane dos Santos, Rebecca Andrade, João do Pulo.
Do tênis Guga, João Fonseca, Bya Haddad.
Do automobilismo Ayrton Sena, José Carlos Pace, Rubens Barrichello, Felipe Massa, Nelson Piquet.
Do Basquete Oscar
Do Vôlei Bernardinho, Bernard
Do Futebol Feminino Marta
Do Skate Rayssa Leal
Do boxe Eder Jofre, Servilho de Oliveira, Maguila
Do futebol Pelé, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Gerson, Júnior, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Adriano Imperador, Zico, Silas, Oscar Bernardi
E me perdoem se não colocar mais exemplos, de brasileiros valorosos, mas tenho certeza que sempre lembraremos de muitos mais, por que aqui moram os nossos heróis.
Que magníficos em seus dribles, gols de bicicleta, de escanteio, de pênalti sem paradinha, de cobranças certeiras e grande velocidade, o domínio da bola e raça que não desistia nunca, aproveitando cada centímetro do campo e hoje um dos maiores técnicos do mundo Carlo Ancellotti, nos escolhe para comandar e como um grande apaixonado pelo futebol brasileiro também deseja o resgate do futebol arte.
A conquista de uma nova Copa do Mundo, nos levará ao topo do ranking mundial, mas o tempo é curto e exige muito mais que torcer, precisamos acreditar.
Não pela cor da camisa, mas pela tradição que carrega, dos jogadores que a vestiram e fizeram o mundo se curvar.
Como dizia o famoso Fiori Gigliotti….”Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”. Talvez fosse essa a cena desejada em cada torcedor brasileiro.
Cada jogo um grande espetáculo de lavar a alma, de encher os olhos, de fazer o coração bater mais forte.
Gritar os tantos gols, que estão entalados na garganta, vibrar por detalhes e se sentir orgulhoso por vestir a camisa verde amarela, na segunda feira, dentro do busão.
Gastar com prazer na carne do churrasco e beber a cerveja bem gelada, com os amigos e rir de alívio e satisfação.
E contar sua opinião no grupo de Watts e discutir as táticas vitoriosas no boteco da esquina.
O jogo contra o Equador não nos trouxe isso. Não tomamos gol, coisa rara atualmente. Mas também não fomos ofensivos e pouco ou nada passamos do meio de campo. A escalação não agradou nem no papel.
A grande insatisfação está em tantas conversas que correm solta, do campo, aos comentaristas e chegam na sala de muitos brasileiros à cada jogo, por que alguns jogadores brasileiros brilham no exterior e na seleção não se destacam?
Por que não demonstram as habilidades?
Por que tantas dificuldades em jogar um futebol reativo?
A semana foi muito agitada e os ventos lá para o campo do Corinthians prometeram chuva, e muita confusão, teve até invasão, dizem que foi pacífica. Mas se é pacífica por que a invasão?
O Estatuto, os presidentes, a dívida e a dúvida que eles não conseguem resolver e acaba caindo no colo da torcida! A pergunta que não quer calar é… até quando?
Sem dinheiro para pagar as contas, sem poder acertar os compromissos, tudo isso compromete o rendimento dos jogadores dentro do campo e a bagunça se espalha dentro e fora do clube, até as páginas policiais.
Estamos no Mundial, lá nos Estados Unidos e a sensação de “Viralatismo” toma conta. Bom seria que tudo corresse perfeito, que não sejamos figurantes mas personagens com bom enredo e temidos pelos adversários.
E lá no fundo da memória, das tantas aulas da escola, alguém disse O Brasil é um país rico de tradição e garra, onde “aqui se plantando tudo dá!”
E que venha o Paraguai!
Por que eu já renovei o passaporte para a Copa do Mundo!
Obrigada queridos leitores
E até a semana que vem!
