Nem preciso dizer que o tema de hoje é o Atlético Nacional, não é? Esta frase, bem-vindo campeão em respeito e solidariedade, é a terceira homenagem encontrada pela delegação ainda no aeroporto Serafim Enoss Bertaso, na chegada a Chapecó. Antes, dois caminhões do corpo de bombeiros fizeram um portal com jatos d’água para receber o avião. Ao desembarcarem, os jogadores foram recebidos por uma banda marcial e receberam medalhas. E foi só o começo. O verde, que já toma conta da cidade por causa da Chapecoense, ganha ainda mais intensidade nesta semana com a chegada dos colombianos de Medellín para a primeira partida da Recopa.
O que aconteceu ontem em campo é o que menos importa. O reconhecimento do povo de Chapecó foi visto dentro e fora da Arena Condá completamente lotada. Até os torcedores colombianos foram recebidos de braços abertos. Moradores catarinenses se transformaram em guias turísticos para expressar a gratidão. Cada canto de Chapecó tinha uma homenagem ao Atlético Nacional.
E a demonstração de solidariedade também foi invertida. Desde domingo, a Chapecoense passou a postar nas redes sociais o escudo do clube com as cores da bandeira da Colômbia em homenagem às mais de 200 vítimas do deslizamento em Mocoa, no sul do país, no último fim de semana.
A tragédia com o avião da Chapecoense uniu dois povos completamente diferentes. Que esta união, que superou os limites da disputa esportiva, sirva de exemplo para todos nós.