Sacheto – Palmeiras: Planejando o fracasso

O Palmeiras amargou na noite desta quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, a segunda eliminação no ano ao empatar com o Cruzeiro em 1 a 1 pelas quartas de final da Copa do Brasil. Muito pouco para um time que arrotou arrogância em declarações de jogadores, comissão técnica e dirigentes no início da temporada.

 

O jogo contra o time celeste foi semelhante aos tantos outros nos quais o Palmeiras de Cuca tem decepcionado o torcedor. No primeiro tempo,  a equipe não conseguiu criar uma boa jogada. Até se defendeu bem, mas não tinha competência para acertar um sequência de passes do meio de campo para frente.

 

No segundo tempo, a temperatura morna continuou,  especialmente do lado palmeirense, curiosamente aquele que precisava do resultado. Os jogadores seguiam naquele marasmo, meio que esperando um lance de sorte.

 

E essa chance veio, aos 23 minutos aproximadamente,  quando o atacante Keno pegou um rebote e chutou para o gol. A bola não levaria perigo, mas desviou em Lucas Romero em enganou Fábio: 1 a 0. Era o que o Palmeiras queria e precisava.

 

Bem, bastou a equipe fazer o gol para se enfiar na defesa e começar a rebater bolas alucinadamente. Além de dar uma infinidade de oportunidades para o Cruzeiro igualar o marcador ao ceder vários escanteios e faltas em pontos perigosos, próximos da área.

 

E a covardia do Palmeiras surtiu efeito. O castigo veio com um gol de Lucas Romero aos 39 minutos. O lateral-esquerdo do time mineiro subiu sozinho para desviar de cabeça e matar o goleiro Jaílson. Mina, o zagueiro-centroavante estava fora da posição. Dracena não conseguiu chegar. Empate merecido.

 

O técnico Cuca deverá arrumar uma explicação para mais esse fracasso. Mas nada justifica o fato dele não ter encontrado um time titular após três meses à frente do time. Lamentável.

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A impossibilidade de escalar os novos contratados pode ter influenciado, mas atrapalha todos os clubes que disputam o torneio. E os jogadores que chegaram não são craques daquele tipo que arrastam multidões para os estádios. São apenas bons jogadores. Bonzinhos, só isso.

 

Mas a maior crítica vai para a diretoria do Palmeiras, que tem uma fortuna nas mãos e desperdiçou milhões em contratações equivocadas ou supervalorizadas. Borja, mais uma vez, foi um fiasco.

 

Alexandre Mattos, diretor remunerado do Palmeiras, não teve competência em sua função nesse ano. O presidente, Marcelo Galiotte, quase não dá as caras. É um dos mais omissos dos últimos anos. Conseguiu perder o protagonismo para a patrocinadora – que parece estar mais empenhada em tentar fazer um time forte que o mandatário – se mantém escondido nas sombras em momentos importantes. Não tem voz alguma.

 

Se nada for feito agora, o Palmeiras viverá o maior fracasso das últimas décadas. Não nos esqueçamos que o Brasileirão está quase fora de alcance e, na Copa Libertadores, o time alviverde terá que reverter uma desvantagem. Só São Genaro na causa.

 

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