Tão simples como o movimento dos ventos lambendo as encostas…

Tão fluido como o continuo escorrer das águas…

Do sangue, do suor, do ventre que carrega vida.

Verde marejar dos olhos dela em busca do ultimo barco.

Tão suave como os dedos dos pés tocando a areia úmida da manhã…

Cintilam os grãos, ouro em pó, aos montes saudando a revoada.

Dos raios de sol luz dourada entrelaça a Deusa nua, à espreita e a espera da entrega.

Dourados igualmente são os pêlos que enfeitam sua carne.

O calor da pele pouco a pouco derrete a neve da ausência… Sinais!

O sorrir para além da boca aberta,

O gargalhar da alma,

A transparência no simples ato de pulsar…

Ali estão velhos amores, amantes no tempo, tão exatos como a vida que sorrateira se aproxima… E a eles, escancara as portas… e os convida a entrar…sem receios.

 

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Imagem: Uai

 

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