Não tenho respostas para tudo

Muitas vezes nenhuma resposta para o que virá lá adiante

Na larga estrada da vida sou viajante

Peregrina mulher de alma transbordante.

Entre o céu e a terra viajo

Um frame, mil anos.

Piso firme no caminho que tracei e, como

Sobrevivente de algum caos, opto por dar as mãos para minha alegria: pessoas, lugares e caminhos possíveis e, em ressonância, me interessam.

Dona de mim, escolho a quem tocar. No meu ritmo e tempo como também a quem merece a minha pausa durante o percurso.

Já esvaziei minhas sacolas, abri mão de teorias, libertei-me do passado e o libertei.

Sou mulher do meu presente, da vida que escolhi viver, colorir, enfeitar e fazer valer cada segundo, cada respiro e ação. Não sou forte nem fraca. Sou o todo. Regente da grande orquestra.

Não gosto do raso, do pouco, do quase.

Minha intensidade não me permite permanecer em superfícies.

Sou peixe de águas doces e profundas. Mulher de rio caudaloso que flui, sem barreiras que eu não possa transpor.

Aos que compartilham meus despertares, sou devota.

O Deus que me orienta não descansa. Está ali, pulsando em mim, embutido em cada passo que dou. Em cada descanso que me permito.

Já vivi tantas vidas nesta mesma vida que protagonizo o filme, linha por linha, de um roteiro original, escrito a lápis. Assim, mudo o rumo, reinvento o próximo capítulo, me permito errar, perceber, reescrever como deseja meu espírito.

Sou apaixonada por grandes encontros. Amo a inteligência e a elegância de seres que cruzo na caminhada e, se bate forte no peito, abraço!

Afinal, de mãos vazias, sem o peso desnecessário que já carreguei, me dou o direito de estender as mãos. E entrelaçar os dedos. Gosto de gente ao meu lado. Nem para trás, nem à frente.

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Porque a mágica acontece na sincronicidade do passo, com os amores e com os amigos, aquela família que a gente escolhe durante a travessia.

Broto em Flor!

Rego minhas sementes

E vou caminhando leve, riso que é reza, aqui ou nos confins do mundo.

Do tempo e da finitude quem sabe é Deus.

Ao que não posso controlar dou minha paciência. Porque sei que não importa onde eu esteja agora, eu me apropriei de mim e portanto, vejo o horizonte.

Assim, desfruto de cada paisagem no trajeto. Entendo que o que mais me vale é o percurso.

Sol, tempestade ou noite de lua cheia.

Pois se tem algo que faço com gosto e domínio é caber em mim e pulsar a verdade que me habita.

Essa é, no fundo, a minha grande liberdade.

Ser inteira!

 

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