Pela eternidade de um segundo

Pela eternidade de um segundo

Tão simples como o movimento dos ventos lambendo as encostas rochosas

Tão fluido como o contínuo escorrer das águas…

Do sangue, do suor, do ventre que carrega vida.

Verde marejar que vaza dos olhos dela em busca do último barco.

Tão suave como os dedos dos pés tocando a areia úmida da manhã,

Cintilam os grãos, ouro em pó, aos montes, saudando a revoada.

Dos raios de sol de luz dourada entrelaça a mulher, à espreita e à espera da entrega.

Dourados igualmente são os pelos que enfeitam sua carne.

O calor da chama pouco a pouco derrete a neve da ausência.

Ali estão os sinais…

O sorrir para além da boca aberta,

O gargalhar da alma,

A transparência no simples ato de pulsar em sintonia.

Reconectados estão os velhos amores, amantes no tempo, tão precisos como a vida que sorrateira se aproxima e para eles escancara as portas.

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