Fabio Abate: Ninguém evolui sozinho

Você já deve ter visto ou ouvido uma frase, mais do que batida nas redes sociais, “Você é a média das 5 pessoas que você mais convive” do escritor americano Jim Rohn.

E quem falou que são 5, não pode ser 10 ou 2, sei lá. Sempre me incomodo com teorias totalitárias como se fosse possível essa categorização do ser humano.

Mas tirando o exagero de precisão tem algo nessa frase que faz sentido pra mim, a importância das conexões, ou ainda melhor, a importância da qualidade das nossas conexões, por isso precisamos cuidar para fazermos melhores escolhas de com quem andamos.

Deixa eu contar rapidamente uma parte da minha historia que evidencia isso. Quando estava terminando o colegial (atual ensino médio) eu já não aguentava mais estudar, claro acabei reprovando o segundo ano e fui terminar meus estudos escolares numa escola “menos exigente”. O que aconteceu? Achei que estudar não era importante, olha o tamanho da ignorância. Como eu já trabalhava eu acreditei que não precisava estudar era só continuar trabalhando.

Graça a Deus tive bons amigos que “chutavam a minha bunda” ao invés de dar “um tapinha nas minhas costas”. Esses amigos um dia falaram que eu ia sim fazer uma faculdade, me inscreveram nos vestibulares e lá estava eu, no que seria apenas a primeira.

Já na segunda faculdade, de psicologia, conheci grandes mestres que se tornaram grandes amigos. Montamos uma ONG, trabalhei na escola de psicanálise para pagar a minha formação, realizamos congressos internacionais e o mais importante me davam várias broncas para me esforçar mais. Eu nem acreditava no meu potencial, mas eles sim, cheguei a organizar com eles DOIS congressos em Paris, foi incrível.

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Atualmente sou consultor e entrego treinamentos em grandes empresas, mas quando olho para os treinamentos que dava a 5 ou 6 anos atrás e comparo com o que faço hoje percebo uma enorme evolução, claro que os feedbacks positivos me animavam a continuar e manter os pontos que estavam dando certo, mas quando algo não saia do jeito que eu esperava, ou quando minha própria equipe criticava algum detalhe e quando o cliente não ficava satisfeito eu passava por um processo de aprendizagem incrível, dolorido mas fundamental.

Mas sabe qual foi a minha maior evolução? Meu casamento. Na verdade, o relacionamento que mais me ajudou a evoluir como ser humano, homem, pai e cristão foi com a minha esposa. Minha família é a aventura mais fértil em termos de evolução que eu vivi até hoje. Mas foi a minha esposa que fez isso, ela se tornou cristã antes de mim, ela quis casar, ela quis ter filhos (na verdade temos filhas rsrsrs) e ela teve toda a paciência do mundo até eu ter a minha experiencia com Deus e me tornar cristão também. Não dá pra falar que foi fácil, mas dá pra falar que foi possível.

No resumo da opera o que quero dizer com todas essas histórias e que sozinho tenho certeza que não tinha chegado até aqui, ou pelo menos, não nessas condições. A qualidade dos meus relacionamentos me proporcionou grandes momentos evolutivos, entre histórias boas e ruins, mas todas com grandes aprendizados.

Então fique atento em relação as pessoas que você vem convivendo, agradeça gente que te critica com a intensão de te ajudar, se despeça de pessoas que não te agregam em nada e valorize aqueles que estão com você independente das suas circunstâncias.

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Fabio Abate

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