A falta de humildade em pessoas com alguma experiência me faz pensar a impossibilidade de desenvolvimento a partir de uma pequena parcela de resultados na vida.
Conheço muitas pessoas que construíram grandes feitos e se mantem sempre disponível para ouvir e aprender e em contrapartida conheço uma galera que deu apenas alguns passos nessa breve jornada de resultados e já acham que sabem tudo e não precisam mais aprender.
Claro que podemos avaliar e entender e isso pode ter várias causas. Quero trazer algumas dessas causas aqui para pensarmos juntos se isso tudo faz sentido:
Segurança na própria experiência: Pessoas com muita experiência muitas vezes se sentem seguras e confiantes em seus conhecimentos e habilidades, o que pode levar a uma resistência a novas ideias ou métodos;
Medo de mudança: À medida que as pessoas envelhecem e se tornam mais experientes, elas podem se sentir desconfortáveis com mudanças. Aprender algo novo pode ser percebido como uma ameaça à sua competência atual.
Reforço em crenças anteriores: Ao longo do tempo, as pessoas tendem a reforçar suas próprias crenças e métodos de trabalho. Isso pode criar um ciclo de confirmação, onde elas buscam informações que validem suas crenças e ignoram ou desconsideram informações conflitantes.
Status e ego: Em muitos ambientes de trabalho, a experiência está associada a um status mais elevado. Reconhecer a necessidade de aprender pode ser visto como um sinal de fraqueza ou falta de competência, afetando o ego e a autoimagem.
Para lidar com essa situação, pode ser útil criar um ambiente de trabalho onde a aprendizagem contínua seja valorizada e incentivada, independentemente do nível de experiência. Quando estamos dentro de um ambiente corporativo temos algumas estratégias que podem proporcionar bons resultados:
Incentivar todos os funcionários a se verem como aprendizes contínuos, destacando que mesmo os mais experientes têm algo a ganhar ao aprender coisas novas.
Recompensar aqueles que demonstram abertura e vontade de aprender pode ajudar a mudar a cultura organizacional.
Promover interações onde funcionários mais jovens ou menos experientes possam compartilhar conhecimentos com os mais experientes pode ajudar a quebrar barreiras.
Proporcionar oportunidades regulares de desenvolvimento profissional pode tornar a aprendizagem uma parte natural da rotina de trabalho.
Líderes que demonstram humildade e um compromisso com a aprendizagem contínua podem servir como modelos positivos para outros funcionários.
Essas abordagens podem ajudar a criar um ambiente onde a experiência é valorizada, mas a humildade e a vontade de aprender são igualmente importantes. Mas, o que me deixa mais frustrado é quando essas pessoas pedem feedback, mas continuam fazendo tudo do mesmo jeito. E para lidar com essa falta de humildade em si, estabeleço algumas estratégias como:
Modelagem de comportamento: Mostre humildade em suas próprias ações.
Histórias de sucesso: Compartilhe exemplos de pessoas que alcançaram sucesso sendo humildes.
Autoavaliação: Incentive a prática da autoavaliação.
Reconhecimento de falhas: Promova uma cultura de reconhecer e discutir erros.
Discussões abertas sobre humildade: Faça reuniões sobre a importância da humildade.
Estabelecimento de expectativas claras: Deixe claro que humildade e abertura ao feedback são expectativas no trabalho.
Lidar com isso não é fácil, mas com paciência e persistência, dá para criar um ambiente onde a humildade é valorizada e praticada. Boa sorte!
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Imagem: Espaço viver psicologia
Imegem 02 e 03: O pensador