Crítica: Operação Fronteira (Triple Frontier) | 2019

Operação Fronteira

A mais nova produção com o selo Netflix a chegar na praça, o thriller de ação Operação Fronteira (Triple Frontier, EUA, 2019), chega armado até os dentes com um elenco de dar inveja. Com uma linha de frente que conta com o astro Ben Affleck, o competente Oscar Isaac (Aniquilação); o ascendente Charlie Hunnam (do remake de Papillon); e ainda Garrett Hedlund (do drama Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi), e Pedro Pascal (da sci-fi Prospect), Operação Fronteira é garantia de entretenimento de qualidade. Vale lembrar que você pode conferir as críticas de todos os filmes citados acima aqui mesmo no Portal do Andreoli.

Operação Fronteira não traz seu pedigree somente à frente das câmeras, já que seu time por trás delas também não deixa barato. A direção é de J.C. Chandor, do excelente O Ano Mais Violento (A Most Violent Year), no qual dirige Oscar Isaac pela primeira vez; e Até o Fim (All is Lost), no qual comandou o grande Robert Redford. Já o roteiro ficou à cargo do especialista do gênero Mark Boal (do thriller vencedor do Oscar Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura), e de fato, apesar da trama lugar-comum não surpreender ninguém, Operação Fronteira não decepciona no quesito ação.

O filme apresenta ao público um grupo de ex-soldados das Forças-Especiais norte-americana (interpretado pelos nomes citados ali em cima), que se reúne para planejar um roubo em uma região de fronteira pouco populosa da América do Sul. Pela primeira vez em suas prestigiosas carreiras, estes anti-heróis se colocam nesta perigosa missão não por seu país, mas por eles próprios. Porém, quando os eventos tomam um rumo completamente inesperado e ameaçam sair do controle, suas habilidades, lealdade e moral serão testados até o limite, em uma épica batalha pela sobrevivência.

Quem vê o bom produto final que se transformou este Operação Fronteira não imagina o longo e turbulento caminho que o filme percorreu para chegar até o público. Em desenvolvimento em Hollywood já há muitos anos, o filme originalmente seria o próximo trabalho da diretora Kathryn Bigelow, após levar o Oscar com o citado Guerra ao Terror, reunindo-se ao roteirista Mark Boal. Bigelow e Boal acabaram se envolvendo em outros projetos após a Paramount travar a pré-produção por problemas com o alto orçamento da produção. Boal se manteve firme com seu roteiro em mãos, até que Chandor assumiu o projeto, não sem antes escalar Channing Tatum e Tom Hardy nos papéis que eventualmente acabaram indo para Affleck e Isaac.

Ainda faltava um estúdio para bancar o filme, até que a Netflix mais uma vez partiu para o resgate e tirou a produção do papel. E neste caso, realmente trata-se de um sólido thriller de ação que acaba de ser acrescentado ao catálogo do serviço de streaming. Apesar do roteiro de Boal não apresentar nada de novo em termos narrativos, o texto oferece um ritmo certeiro e boas interações entre os membros do matador quarteto de protagonistas. A direção de Chandor é firme e valoriza as sequências de ação, mais uma vez valorizadas pelo elenco e por uma pitada de ironia sócio-política embebida na movimentada trama.

Entretanto, são mesmo os fortíssimos nomes à frente do talentoso elenco o grande diferencial deste Operação Fronteira. Quando a ação dá um intervalo e a narrativa ameaça capengar, Affleck, Isaac e companhia fazem o action fest valer a pena. Chame os amigos, estoure a pipoca e boa diversão.

Operação Fronteira estreia no catálogo da Netflix no próximo dia 13 de Março.

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