Um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra.
Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada. Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:
– ‘Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?’
-‘É estranho’, respondeu o viajante, ‘mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava.’
Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.
Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:
-‘Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?’ ‘
-Estou contente que me tenha feito essa pergunta’, disse o viajante, ‘porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo.’
Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves.
Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma.
Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.
Mas qual era na verdade o problema dele? A pedra e a abóbora? A resposta é não. Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado.
Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!
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