Andrea Ignatti: Cantando vitória

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Há 14 anos, quando o treinador espanhol Rafa Benítez conquistava o título da Liga dos Campeões com a equipe do Liverpool, Jürgen Klopp ainda treinava o Mainz 05 ― e o promovia à Bundesliga, a divisão principal do futebol alemão. Tal feito é considerado por Klopp uma de suas grandes vitórias na vida profissional.

Há 4 anos, quando saiu do Borussia Dortmund (com um título e três vice-campeonatos, nesta ordem), Klopp passou a treinar o Liverpool (com três vice-campeonatos e um título, nesta ordem). Parece música: aquele paradigma que a arte (toda arte) sugere para ― sempre que se desejar atrair e manter atentos seus observadores ― iniciar com ênfase, diminuir um pouco o ritmo e finalizar com o clímax. Algo como o “sobe-e-desce” musical. Klopp é música. Klopp é arte.

Ele e Pep Guardiola são considerados, atualmente, os técnicos em destaque no futebol mundial, pioneiros, a vanguarda, vitoriosos por onde passam, por seus estilos de jogo. Alguém não os desejaria orquestrando seu time, regendo seus jogadores?

E não, não há de ser com fundo musical clássico, puro jazz, balada suave, nada de serenata muy romántica pra conquistar nem encantar torcedor ao fim da partida. No jogo, no background, Klopp é heavy metal: no gosto pela música, na pressão que faz impor durante o jogo, no coração batendo, no sorriso que é também largo, porque pode sair cantando vitória. A música não vai parar tão cedo. Liverpool é campeão da Champions League. Jürgen Klopp é campeão em deixar o futebol mais bonito.

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