A nação brasileira tem um orgulho. Não é pouco não. Os competidores brasileiros na Paralímpiadas fizeram história e fecharam o ciclo olímpico de olho em Los Angeles 2028. Afinal, pela primeira vez terminamos o quadro de medalhas no top-5. Épico. Isso porque essa geração já não tem no seu plantel os ícones Clodoaldo Silva, Daniel Dias e Ádria Santos.
Ao todo, o Brasil, teve sua maior delegação da história com 280 representantes – maioria sendo mulheres e competindo em 20 das 22 modalidades em Paris. Somente basquete sentado (masculino) e rúgbi não tínhamos batalhando por premiação. Sem contar que antes do torneio disputado na França, a comissão canarinha tinha como os melhores resultados, Londres (2012) e Tóquio (2020/21), na sétima colocação. Para alçar esse números sempre fomos dominantes em três frentes: Atletismo, Natação e Judô.
Entre as 89 medalhas vencidas – sendo 25 ouros, houve um pesar inédito. Isso por conta do futebol de 5 (cegos), ter sido eliminada pelos rivais argentinos, nos pênaltis, durante a semifinal e dando adeus ao hexacampeonato paralímpico. No entanto, garantiu o bronze superando a Colômbia. Por outro lado, a Maria Carolina Santiago – virou a maior medalhista do país, no quesito ouro. Incrível.
Pelo alto desempenho da delegação brasileira na Europa, se prevê que no continente americano vamos brigar para.um top-3 diante das potências como China e EUA. Além disso, chegamos ao número icônico de 450 medalhas paralímpicas em 85 pódios. Notoriamente uma marca relevante para os livros ou e-books de história esportiva.
Cara ou Coroa
O outro lado da moeda brasileira é o time de futebol. Nesse período, todos só pensavam no calendário dos seus respectivos clubes de coração e não na Data Fifa com a seleção brasileira. Ao entrar em campo para os confrontos diante de Equador e Paraguai, conseguindo uma vitória e sofrendo um revés, respectivamente, se comprovou o quão está difícil se manter acordado ou tendo laço afetivo com a canarinha.
Dorival Júnior e seus comandados não são mais aquela unanimidade que houve de forma momentânea, pós os amistosos diante de Inglaterra e Espanha e a saída do Fernando Diniz, acabando o amor. Mas será que a expectativa é grande demais pro que é hoje o futebol de seleções? Pois antes da globalização e avanço do mundo, as nações reuniam seus melhores. Atualmente, os clubes são essas seleções, de fato, pela mistura de talentos e culturas nos gramados ao redor do mundo e com a famosa discussão, se rola um jogo entre melhor time e seleção, quem vence? Isso não da para saber, mas é claro que o espaço de Brasil e outras selecionáveis estão exaustivamente chatos.