Nesta sexta-feira (26), às 14h30 (horário de Brasília), oficialmente, às Olimpíadas terão início na França. Apesar disso, desde quarta-feira, temos competições ocorrendo em Paris, para ser cumprido o prazo do torneio que é de 26 de julho a 11 de agosto.
Este evento se repetirá no país da Torre Eiffel 100 anos depois da última edição sediada por eles, que, tiveram outra em 1900. Com isso, igualará Londres, que, foi anfitriã em 1908, 1948 e 2012. Além deste marco alcançado pelos franceses, vamos assistir pela 1ª vez uma cerimônia de abertura fora do estádio, isso porquê o palco será às margens do Rio Sena.
Especula-se que as autoridades francesas investiram bilhões de euros na limpeza do rio centenário. Será mesmo? Afinal, vamos ter a maratona aquática sendo disputada por lá e a prefeita da capital, Anne Hidalgo, para provar isso no melhor estilo político de festa, nadou para todos ver que qualidade é viável para a competição – pelas condições da água, estavam proibidos de frequentar o espaço há quase um século.
O famoso termo “sair à francesa”, não será possível durante os jogos Olímpicos. Tudo será coberto por mídias digitais, seja no Grupo Globo (TV aberta, fechada, portal e streaming), no Youtube (CazeTV) e site esportivos, com destaque para o ‘OlímpiadaTodoDia’, que acompanha o ciclo inteiro. Sem contar os influenciadores em seus respectivos canais.
Outra questão muito envolvida neste período será a política. Pois no último dia 7 de julho a coalização de esquerda, nomeada como Nova Frente Popular (NFP), obteve o maior número de cadeiras na Assembleia Nacional, após muitas movimentações partidárias para conseguir esta vitória – incluindo apoio de esportistas -. E a organização do maior evento esportivo mundial vai impactar nas ações de negociação com o centro para governar nos próximos anos.
Igualdade de gênero falha, mas evolui
Em tempos da equidade em todos os aspectos, Paris 2024 não conseguirá cumprir a promessa da propaganda de igualdade de gêneros. Cerca de 100 homens a mais. Ainda assim, é superior a Tóquio, pois no Japão foram 11.319 atletas e este ano serão 11.419 no total, sendo que, 150 homens a mais que mulheres, contra os 501 das Olimpíadas no continente asiático.
Na delegação brasileira, por exemplo, serão 276 competidores, sendo 153 mulheres e 123 homens – primeira vez na história que o sexo feminino será predominante no Brasil, durante essa disputa. Uma pena que o basquete feminino (bronze, em Atlanta em 1996), que já teve Hortência, Janeth, Helen Luz, Erika e Magic Paula, não estejam representadas.
De acordo com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a expectativa é ultrapassar as 21 medalhas conquistadas em Tóquio-2020. No entanto, falhas organizacionais em um país que foca apenas no futebol, já são vistas. Tivemos problemas nos uniformes e equipamentos de esportivos de atletas como do Fernando Ferreira (Decatlo) e de Izabela da Silva (Lançamento de disco). Vamos ver no decorrer dos jogos. Triste. Porém, há o que comemorar, pois teremos pela 1ª vez um psiquiatra fazendo parte da delegação canarinha.
Ademais, o nosso time de vôlei feminino justificou foco ao extremo para não participar da cerimônia de abertura. Deselegante para um marco histórico do gênero durante este evento. O Brasil ainda terá Janja, primeira dama, como representante política.
Paris-2024
Por fim, a cerimônia de abertura contará com 94 barcos, 150 autoridades, 6 Kms de navegação no Rio Sena. Segundo os organizadores, serão 600 mil espectadores locais e uma expectativa de alcançar 1,2 bilhão de pessoas ao redor do mundo.
Os atletas serão espalhados em 32 esportes, divididos em 45 modalidades com 35 locais de competição recebendo 329 eventos para medalhar os três primeiros com Ouro, Prata e Bronze.
Sem contar que o COI (Comitê Olímpico Internacional) aprovou a entrada de um novo esporte para os Jogos Olímpicos de Paris 2024: o Breaking. Por outro lado, saíram Karatê (sem expectativa de retorno), além de Beisebol e Softbol (retornam em Los Angeles em 2028).