Pedro Sena: Entendendo como funciona o pilar da Segurança: Reserva de Emergência

Se tratando de Planejamento Financeiro, investir é parte chave para manter a saúde do bolso em dia. Tendo isso em vista, de imediato os nossos primeiros pensamentos são buscar melhores opções de investimento pra comprar uma casa, um carro ou até mesmo visar a aposentadoria através da renda passiva. Mas antes de se expor a essas opções devemos primeiro voltar os olhos algumas aplicações financeiras desconhecidas por muitos e que nos auxiliam na criação dessa reserva de emergência.

A reserva de emergência é aquele dinheiro que é bom termos à mão em casos não esperados, situações que fogem do orçamento, como a perda do emprego, uma reforma imediata em casa ou o falecimento de um ente querido. Ter essa reserva bem calculada, guardada, mas facilmente acessível garante que podemos ter um nível maior de tranquilidade e segurança para que sem abrir mão da qualidade de vida possamos honrar nossos débitos.

Para calcular o tamanho estimado da reserva de emergência existe uma regra geral de modo que basta somar seus custos fixos mensais e multiplica-los por seis. Nesse caso uma pessoa com custos fixos de R$ 2 mil por mês deveria ter R$ 12 mil na reserva de emergência, já um casal com custos fixos de R$ 5 mil por mês, deveriam ter R$ 30 mil. Isso garante uma tranquilidade frente as contas caso os planos pro futuro não se saiam como o esperado.

Mas como cada contexto tem seus próprios custos e as rendas são variáveis podemos separar em três grupos maiores pra refinar melhor essa conta, por exemplo, servidores públicos que têm estabilidade no cargo podem contar com uma menor reserva, algo entre 2 e 3 meses de contas pagas. Os assalariados regidos pela CLT contam com algumas garantias que na média os permite entrar na conta padrão dos 6 meses de reserva. Agora, os autônomos e profissionais liberais, como médicos, advogados ou dentistas devem pensar em alongar um pouco mais essas contas e multiplicar por de 9 a 12 vezes o valor dos seus custos mensais, visto que não contam com FGTS ou aviso prévio.

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Nesse momento que já entendemos como a reserva deve, em média, ser calculada vamos entender onde ela deve ser investida. Levar em conta sua principal característica, a liquidez, é fundamental. Esse montante deve ser acessado da forma mais rápida possível pois o usamos em situações de urgência, sendo assim as opções mais comuns e seguras para manter essa aplicação são os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), aplicações acessíveis em quase qualquer banco hoje, que contam com dispositivos de segurança e liquidez imediata.

Vale ressaltar que os títulos de renda fixa e o mercado de ações não são uma opção pra constituir essa reserva, os títulos travam o patrimônio por um determinado período, o que age contra a liquidez, já as ações não sofrem desse travamento, entretanto por serem voláteis, oscilarem bastante seu valor num determinado período, com isso pode ocorrer uma significativa perca de patrimônio caso seja necessário um resgate repentino.

Pedro Sena

 

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Imagem: Shutter Stock

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