Pedro Sena: Mais importante que apenas aplicar é diversificar!

Diversificar dentro dos próprios investimentos é uma das estratégias mais simples que podem ser tomadas a fim de diluir os riscos de escolhas ruins. Por melhor intencionadas que sejam suas decisões, as pessoas continuam sujeitas ao erro, entretanto não só ele pode influenciar no desempenho da carteira, mas também, tendências externas, macro econômicas e inclusive políticas podem causar grandes variações.

Por isso falarei hoje sobre alguns princípios práticos para que você entenda como fazer essa diversificação e assim proteger seu patrimônio enquanto constrói riqueza.

Concentração assimétrica

Quando você está concentrado de mais em um único ativo ou classe de ativos e ele tem um bom desempenho, o seu capital aplicado se multiplicará de modo que se estivesse mais distribuído, não aconteceria. Contudo, caso essa concentração em mesmos ativos tiver prejuízos, a perda percentual do patrimônio será também assimétrica, com isso seus objetivos serão adiados, quiçá não realizados.

No momento que você começa a acumular patrimônio deve primeiramente entender que ele precisa conter alguma estabilidade. Em seguida, após atingir essa estabilidade, você pode começar gradativamente alguma exposição a ativos de maior risco, como por exemplo ações especulativas, Small caps ou criptoativos.

Papel da diversificação nas crises

Durante toda a vida do investidor a diversificação se mostra como uma ferramenta importante, ainda mais nos períodos de crise. Mas por qual motivo?  Em momentos como esse a instabilidade sai dos níveis tidos como “normais”, por conta de notícias que incitam o mercado, fazendo com que outros investidores realizem seus lucros ou liquidem suas carteiras se livrando dos ativos por medo de perdas maiores.

Em momentos assim a diversificação faz certa compensação entre as partes da carteira, em parte você ganha, em outra perde, mas se está bem alocado e diversificado a sua média entre o total tende a ter uma variação menor.

Setores de Oposição

Parte da diversificação pode se dar através da distribuição em ativos de categorias que se opõem em seus comportamentos. Isso pode parecer contraintuitivo. Não seria mais inteligente escolher apenas o mais atrativo? Não, pois através dessa correlação negativa entre o comportamento dos ativos, você adquire maior estabilidade em sua carteira.

Um bom exemplo onde se vê isso é ao combinar renda variável com ações e câmbio, pois é muito provável que em um período de quedas nas ações, a parte de câmbio tenha ganhos. Isso ocorre geralmente por conta do movimento que investidores do exterior fazem. A bolsa cai, eles retiram dólares do país tornando a moeda mais escassa, o que consequentemente aumenta o seu valor.

Conclusão

Fazer a diluição do risco é fundamental para conseguir construir riqueza ao longo do tempo. Ter Parte da carteira ancorada em renda fixa é importante, pois, apesar da baixa rentabilidade, ela serve como forma de proteger o capital e poder aproveitar novas oportunidades quando a outra parte, exposta as correlações negativas, apresentar os descontos nos momentos de crise.

Com isso você acelera a criação da riqueza, tendo capital protegido poderá aproveitar os momentos certos de recuperação do mercado.

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Pedro Sena

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Imagem: BTG Pactual Digital

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