Bom dia meus queridos amigos,
Nunca estivemos tão conectados globalmente, e, ao mesmo tempo, nunca ouvimos falar tanto de casos de depressão e déficit de atenção entre adolescentes e jovens.
Nunca estivemos tão conectados e, paradoxalmente, tão sozinhos.
Não importa se o indivíduo está em Tóquio, São Paulo, Paris, Bali ou Sydney; basta um clique, e a conexão global acontece instantaneamente.
Você já percebeu o que a Era Digital tem feito com adolescentes e jovens, que se veem cada vez mais presos a uma busca insaciável por mais fotos, mais vídeos, mais comparações com “influencers” e celebridades que parecem ter uma “vida perfeita” nos Stories do Instagram?
A solidão em meio a centenas ou até milhares de seguidores é real, assim como a baixa autoestima, apesar das fotos paradisíacas e dos filtros nas redes.
Na realidade, o uso excessivo dessas plataformas gera um desejo por uma beleza surreal e uma busca de sucesso que apenas alguns – e muito poucos – conseguem alcançar na história.
Ninguém mais brinca na areia. Ninguém mais chuta uma bola de papelão. Ninguém mais brinca de pega-pega e amarelinha.
As mesas dos restaurantes estão cheias de famílias conectadas a mundos paralelos.
Tem muita gente incapaz de ler um livro por dez minutos sem olhar o WhatsApp para checar as mensagens novas. Tem muita gente incapaz de deixar o iPhone em casa e fazer uma caminhada no parque. Tem muita gente incapaz de comer sem pensar nas estratégias para ter mais seguidores, mais “likes”, mais conexões globais, sem perceber que esse processo causa uma síntese terrível no cérebro.
O caminho da conexão global, paradoxalmente, nos empurrou para um constante isolamento. O caminho da conexão global, paradoxalmente, fez o ser humano desaprender a alegria do encontro humano, do abraço sincero, da conversa sem interferência digital.
Espero que todos nós encontremos equilíbrio na Era Digital e tenhamos a capacidade de valorizar os encontros presenciais e humanos muito mais do que falar com robôs no mundo da Inteligência Artificial.
Pense nisso.
Um forte abraço a todos,
Fábio
Durrës, Albânia