Andrea Ignatti: Nada como um dia depois do outro

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“Vocês, da imprensa”, pensam isso e pensam aquilo. “Vocês, da imprensa”, falam isso e falam aquilo. “Vocês, da imprensa”, fazem isso e fazem aquilo.

“Vocês, da imprensa”, acham que que sabem de tudo. “Vocês, da imprensa”, pensam que podem tudo.

“Vocês, da imprensa”, vão aqui e vão ali. “Vocês, da imprensa”, estão em todo lugar.

“Vocês, da imprensa”, estão o tempo todo com um microfone na mão, uma câmera no ombro, papel e caneta no bolso.

“Vocês, da imprensa”, perguntam cada coisa! “Vocês, da imprensa”, querem sempre investigar tudo! “Vocês, da imprensa”, não dão sossego!

O quê? É só acontecer qualquer coisinha, e não demora nada pra “vocês, da imprensa” chegarem: Quando? Pra lá e pra cá: Quem? Observam tudo e lá vêm “vocês, da imprensa”: Como? Insaciáveis, “vocês, da imprensa,”: Por quê?

Nós, da imprensa — jornalistas, apresentadores, repórteres, editores, produtores, redatores, revisores, repórteres cinematográficos, fotógrafos, noticiaristas, pauteiros… — lemos, estudamos, pesquisamos; livros ainda jornais, revistas, artigos científicos, textos na Internet. Também assistimos aos jogos do time de futebol preferido, à final da NFL na TV por assinatura e aos playoffs da NBA pelo 4G do celular. Acompanhamos mesas redondas, programas de entrevistas e documentários.

Mas não pura e simplesmente porque amamos esses e outros tantos esportes. Mas também pra observar um posicionamento de câmera diferenciado de uma emissora internacional. Pra comparar e analisar a ênfase que “todos nós, da imprensa esportiva mundial”, damos aos nossos atletas nacionais e estrangeiros. Pra entender sobre como e por que o futebol espanhol, alemão e inglês são consideravelmente admirados por nós, todos nós. E também pra aprender sobre alguns esportes que muitos outros de nós simplesmente detestam — ou ainda não aprendemos a gostar.

Nós, da imprensa, temos, sim, um dia comemorativo. Mas, não, não temos folga, caro Carille. Quando nós não estamos presentes nos seus treinamentos ou nos seus jogos, estamos presentes e ativos em tantos e tantos outros por esse Brasil afora, seja qual for o dia, a qualquer hora. De domingo a domingo. Este nosso país tem esporte pra gente curtir todo dia. E nós, da imprensa, somos mesmo incansáveis pra ir buscar, gravar, filmar, entrevistar, editar, produzir, veicular. Sabemos bem como é passar finais de semana longe de família, de amigos, de pessoas queridas! Mas nós, da imprensa, realmente amamos o que fazemos.

2 respostas

  1. É inacreditável como ainda precisamos ressaltar o papel da imprensa livre e plural em um mundo repleto de fake news. O que seria do esporte no geral e do futebol, especificamente, sem os profissionais da imprensa, os jornalistas? Apenas um evento.

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