Medalha de Ouro Olímpica. Seleção voltando a apresentar um bom futebol. Era de se esperar aumento do público nos estádios, em jogos do Campeonato Brasileiro. Nada disso. O número de torcedores vem caindo. E não fossem Palmeiras e Flamengo, a média seria ainda menor.
Assim que terminou o jogo Brasil 2 x 1 Colômbia, em Manaus, pelas Eliminatórias da Copa 2018, o goleiro Alisson, os laterais Daniel Alves, Marcelo e Filipe Luis; os zagueiros Marquinhos e Miranda; os meias Casemiro, Giuliano, Phillipe Coutinho e William; e os atacantes Neymar e Tayson, foram para a Europa.
Gabigol arrumou as malas e partiu neste final de semana para a Itália. O zagueiro Gil e os meio campistas Paulinho e Renato Augusto foram para a China.
Dos que ficaram por aqui, dois são goleiros: Weverton, do Atlético Paranaense e Marcelo Grohe, do Grêmio. Outros dois jogam na defesa: Fagner, lateral do Corinthians; e Rodrigo Caio, zagueiro do São Paulo. Um é volante do Atlético Mineiro: Rafael Carioca.
Nenhum deles, titular da Seleção de Tite. E, claro, com pouco potencial de levar multidões aos estádios brasileiros. O habilidoso meia do Santos, Lucas Lima, tem potencial, mas ainda não é titular da Seleção Brasileira, nem ídolo capaz de encher arquibancadas.
Estrela mesmo, por aqui – e só até o final do ano, quando vai para a Inglaterra – é Gabriel Jesus, do Palmeiras. Destaques nos jogos do Brasil contra Equador e Colômbia, e principal atacante do Campeonato Nacional.
Quanta diferença! Na seleção tricampeã mundial em 1970, no México, a torcida podia ver Félix, no gol do Fluminense. Carlos Alberto Torres, Clodoaldo e Pelé, no Santos. Piazza e Tostão, no Cruzeiro. Brito, no Flamengo e Everaldo, no Grêmio. Gerson, no São Paulo; Rivelino, no Corinthians e Jairzinho, no Botafogo. Isso só para citar os titulares.
No banco, ainda tinham estrelas como Paulo César Caju, do Botafogo, Dadá Maravilha, do Atlético Mineiro, Leão, goleiro do Palmeiras, Roberto Miranda, atacante do Botafogo; Edu, ponta esquerda do Santos. Todas as estrelas da Seleção do tri jogavam no Brasil.
Neste final de semana, Lucas Lima não pôde jogar contra o Corinthians por erro grotesco da arbitragem que o expulsou, sem motivo, na partida anterior ao clássico.
Com alguns outros desfalques santistas e um time gangorra do Corinthians, pouco mais de 8 mil pessoas foram à Vila Belmiro acompanhar o triunfo do Santos, de virada, por 2 a 1.
No sensacional clássico pernambucano, Sport e Santa Cruz – que não têm jogadores na Seleção e lutam para fugir do rebaixamento – fizeram uma partida emocionante.
O Santa chegou a abrir 2 a 0. E 3 a 2. Tomou a virada do Sport, que venceu por 5 a 3. As estrelas veteranas não ajudaram. Grafite, não jogou pelo Santa e Diego Sousa, do Sport, foi expulso.
Aliás, nova onda de violência manchou o futebol pernambucano. Antes e depois de Sport e Santa Cruz, torcedores brigaram, deixando feridos.
Essa série de fatores ajudam a explicar os pouco mais de 12 mil pagantes no tradicional clássico do futebol de Pernambuco.
O embalado Cruzeiro decepcionou a maioria dos quase 29 mil torcedores que viram o time tropeçar de novo. A equipe celeste perdeu para o Botafogo, que se afasta cada vez mais do Z4. Os cruzeirenses seguem temendo o rebaixamento.
A bonita manhã de sol em São Paulo, ajudou o tricolor a contar com apoio de quase 28 mil sãopaulinos para voltar a vencer – 3 a 1 sobre o Figueirense – e abrir folga na luta contra o rebaixamento.
Gabriel Jesus e o Palmeiras, líderes em artilharia e da competição nacional, ajudaram a colocar quase 20 mil pessoas na Arena Grêmio.
O zero a zero, no entanto, decepcionou a galera. Os gremistas amargaram o quinto jogo sem vitória, que deixa o time um pouco mais longe do G4. Os palmeirenses porque sentem a pressão do Flamengo.