César Sacheto: Do inferno ao céu

O Brasil conquistou, com muita antecedência, a tão sonhada classificação para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Ninguém imaginava essa façanha. E todos os elogios devem ser direcionados para o técnico Tite. Claro que houve uma ajudinha dos peruanos (que venceram os uruguaios e, assim, nos deram a confirmação matemática da vaga), mas os bons também precisam ter sorte.

 

Sozinho, o treinador conseguiu resgatar a relação da torcida brasileira com a seleção, o futebol de alguns jogadores e – algo mais impressionante – colocou juízo na cabeça do craque Neymar Jr., algo impensado.

 

Tite atingiu um patamar muito alto, especialmente após aquele ano sabático de 2014. Após deixar o Corinthians, ele decidiu fazer uma pausa para se modernizar, estudar melhor o futebol, as novas táticas, tendências, etc. A parada mudou os rumos da carreira dele e também do futebol brasileiro.

 

Quando ouvimos o treinador falar – e já tive a oportunidade de entrevistá-lo – ficamos impressionados com a sua personalidade. Tite é um sujeito humilde, calmo, simples, mas ao mesmo tempo demonstra profundo conhecimento sobre o esporte e capacidade de absorver uma quantidade incrível de informações. Além de ter se cercado de ótimos auxiliares que o ajudam nas dificílimas tarefas que vão da escolha de métodos de treinamento à observação de jogadores brasileiros espalhados pelo planeta.

 

Todo esse conjunto de qualidades transformou Tite no grande nome entre os treinadores no mundo. Não o vejo atrás dos badalados Guardiola, Mourinho e Conte, para citar alguns.

 

Estamos ainda com o humor influenciado pela campanha invencível até aqui – foram oito vitórias em oito partidas disputadas – mas creio que o trabalho tende a melhorar ainda mais daqui por diante. Devemos nos preparar para eventuais derrotas, mas acredito que chegaremos ainda mais fortes ao Mundial.

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