O Natal é uma data que nos remete a reflexões sobre aquilo que acreditamos, nossas práticas, erros, acertos e escolhas. Independentemente da religião, da fé, não é difícil diferenciar o certo do errado; a lealdade ou a falta dela; a ambição sem constrangimento. Aí, temos que repensar algumas atitudes e gestos, e o Natal é a oportunidade.
Assistimos recordes e vitórias na temporada que se despede. Mas, na mesma temporada, acompanhamos o preço alto que se sujeitam a pagar para chegar na frente. O doping russo nos fez refletir.
Vem a reflexão das arquibancadas que invadiram aeroportos, centros de treinamento, campos de jogo. A competitividade e a cega visão de que perder não pode fazer parte do jogo.
O Natal nos faz agradecer vitórias, mas também deveria ser para nos desculpar por desvios, erros, condutas. Temos um brasileiro condenado na corte americana. Lá está o ex presidente da CBF, José Maria Marin. Mas não só ele caiu em desgraça pela ambição que extrapolou qualquer competição.
A confederação brasileira de futebol virou alvo, mas não está só. A CONMEBOL, a UEFA, a FIFA, estão no mesmo balaio escuso do enriquecimento sem merecimento.
O jogo do poder lacrou sequências, barrou contratos, atrapalhou modalidades e esportistas. O Natal do arrependimento para muitos, de tristeza para muitos, de esperança para “amanhã”.
O Natal de agora não é para pedir, mas para esses tantos que citamos e conhecemos, será o Natal do recomeço.
A honestidade. Há honestidade. E dela será preciso se revestir. O espírito de Natal é a chance. Se não for agora, dificilmente que aconteça depois.
Por aqui temos federações falidas, atletas abandonados, contratos rompidos, dirigentes processados e também condenados. Casos de polícia na esfera esportiva. Uma pena.
A reflexão revestida do espírito de Natal pode ser a primeira vitória rumo a um futuro melhor. Que o Natal nos leve nessa direção. Afinal, vem Copa do Mundo, daqui a pouco, jogos olímpicos. E por aí vai.
Bom natal a todos.