O Fluminense é o grande destaque da Taça BH, competição tradicional para equipes de base no nosso futebol. Venceu seus quatro jogos. E garantiu vaga nas quartas de final contra o América-MG. Marcou, até agora, 11 gols e sofreu apenas dois.
Trata-se da geração 2001/2002 vista como uma das melhores de sua história. No sub-17 do Fluminense o atacante Marcos Paulo é uma referência. Recentemente renovou seu contrato e a multa rescisória dele passa dos R$ 200 milhões. No caso deste jovem, o Fluminense tem 70% dos direitos econômicos dele.
Só que a grande notícia não é essa. Dos 21 jogadores inscritos na Taça BH, o Fluminense tem em média 88% dos direitos federativos deles. A meta nos próximos anos é chegar a 90% por cento. De 15 desses jogadores, 100% dos direitos já pertencem ao clube carioca, casos de grandes nomes para o futuro: o goleiro Marcelo, o lateral Calegari, o meia Kaká e o atacante João Pedro. Isso vai render, inevitavelmente, para o futuro da equipe, retorno técnico e financeiro. E distancia dos atravessadores que na maioria das equipes, delapidam o patrimônio e anos de investimento.
O Fluminense tem caminhado em direção ao futuro veja exemplos recentes. O caso Gustavo Scarpa, que foi parar na justiça. O Fluminense tinha só 40% dos direitos do atleta, e ainda assim está tentando recuperar esse percentual na justiça. O atacante Pedro, artilheiro do Brasileirão, também revelado na base do Fluminense, o clube só tem 50%.
A contramão está sendo lançada. E pode não render agora. Mas certamente a colheita vai acontecer. No lugar de contratações milionárias e de jóias escapando através das mãos ligeiras dos empresários, o Fluminense tem se fechado e trabalhado para o futuro. Merece elogios e torcida para que dê certo e possa inspirar outras agremiações.