O futebol como reflexo da sociedade. Em época de intolerância que aflora em todos os níveis, clube gigante da Inglaterra aposta em uma iniciativa para combater o preconceito. Punição será a visita a um campo de concentração.
O dono do Chelsea, um dos maiores clubes da Europa, quer adotar uma nova alternativa para combater o racismo e o antissemitismo.
Roman Abramovich, que é judeu, quer substituir as punições já existentes por visitas dos fãs preconceituosos a Auschwitz, o mais conhecido campo de concentração usado pela Alemanha no período do nazismo.
De acordo com o jornal inglês The sun, a intenção do Chelsea é oferecer opções de pena para os torcedores identificados com atos de racismo.
As alternativas seriam: um curso educativo ou visitar o campo de concentração. Quem não aceitar, terá que devolver os ingressos anuais e não poderão assistir aos jogos do clube.
O dirigente Bruce Buck falou ao jornal que uma simples punição não muda o comportamento. Mas essa política dará a chance do acusado de pensar no que foi feito.
As penas aos torcedores racistas chegam a três anos sem poder frenquentar os jogos do Chelsea. Agora o que se pretende é banir esse torcedor dos estádios ou fazê-los refletir.
No ano passado, um grupo de torcedores já foi ao campo de concentração da POLÔNIA com dirigentes do Chelsea. Ao que parece, a visita surtiu efeito.
Os números não são precisos. Mas estima-se que em Auschwitz, entre 1940 e 1945, morreram entre um milhão e 300 mil a três milhões de judeus durante o nazismo imposto por Adolph Hitler.
Para quem segue com atos de racismo e preconceito, nos dias de hoje, mesmo depois de tanta atrocidade relatada pela história, talvez uma visita a um campo de concentração seja a melhor maneira de fazê-lo refletir. Parabéns ao Chelsea. E que a iniciativa desperte outras equipes.