Aposto que essa será a aposta de Tite nos jogos que a Seleção Brasileira fizer fora de casa.

Nada de 4-1-4-1, com triangulações pelas laterais, velocidade e profundidade no ataque, com marcação começando no campo ofensivo do adversário. Até pela falta de tempo de preparar a Seleção para jogar no estilo que fez o treinador ser considerado o melhor do país, Tite deve armar o time brasileiro para não perder fora de casa e ganhar todos os pontos disputados no Brasil.

Imagino que essa deva ser a tática que ele vai usar para tirar a Seleção do sexto lugar que ocupa atualmente nas eliminatórias e levar o time brasileiro para a Copa da Rússia, em 2018, mantendo o Brasil como único país a participar de todas as edições do mundial de futebol.

Portanto, acredito que no primeiro desafio da Seleção na nova era Tite – contra o Equador, em Quito, no dia primeiro de setembro – vamos ver a Seleção jogando por uma bola. Repetindo o esquema que usou na conquista da Libertadores pelo Corinthians, em 2012. Nos primeiros 20 minutos tentando surpreender, atacando o adversário e buscando construir vantagem no placar. Conseguindo ou não, recuar, e manter a defesa impenetrável.

Esquema perigoso. Garantia de sofrimento para o torcedor. Mas que pode ser aplicado com sucesso sem a necessidade de muito treinamento.

Por isso, não cheguei a ficar absolutamente surpreso com a convocação de Paulinho, do Guangzhou Evergrande, da China. Ele é o homem de confiança do treinador… O motor que fez a engrenagem dar certo no Corinthians campeão da Libertadores… Exemplo da tese de que marcar e atacar é missão de todos.

Talvez também seja símbolo do lado supersticioso do técnico que sempre antes dos jogos telefona para a mãe, dona Ivone, pedindo a bênção e para que ela reze por ele. Tite também costuma usar camisa da cor do clube no qual está trabalhando. No Corinthians, ele adotou o preto. No Palmeiras era verde. No Inter, vermelho. E na Seleção? Qual será a cor da camisa que ele vai usar no reencontro com o Equador?

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Ele esteve lá com o Corinthians, em 2012, no mata-mata das oitavas de final da Libertadores contra o Emelec. Com a mesma tática: jogar por uma bola. Saiu de lá comemorando o 0 a 0, com o time atuando com um a menos, desde os sete do segundo tempo, quando Jorge Henrique foi expulso. Na volta, no Pacaembu, 3 a 0 – com um gol de Paulinho – e vaga nas quartas de final.

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