Internacional e Grêmio estão em lados opostos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O tricolor gaúcho ainda disputa um lugar entre os quatro melhores. Já o colorado está cada vez mais afundado na zona do rebaixamento. Apesar das diferenças de campanha e objetivos, os dois grandes gaúchos compartilham o mesmo sentimento: frustração.
O Internacional está percorrendo o perigoso caminho que levou times tradicionais – muitos deles campeões brasileiros, como o Inter – para a segunda divisão.
Desde que a competição nacional passou a ser disputada por pontos corridos – em 2003 – sempre houve pelo menos um grande clube rebaixado.
Ano passado foi o Vasco, repetindo a dose de 2013 e 2008. Em 2014, Botafogo, Bahia e Vitória. O Palmeiras em 2012 reviveu o drama de dez anos antes, quando o Campeonato ainda era disputado em fases. O Corinthians – grande rival palmeirense – amargou o rebaixamento em 2007.
A dupla pernambucana Sport e Náutico caiu em 2009. Junto foi o Coritiba, campeão brasileiro de 1985. O Guarani, campeão nacional em 1978, caiu em 2004. Voltou a cair em 2010 e, desde então, não conseguiu se levantar.
O Grêmio, rival do Inter, já esteve na segunda divisão após o rebaixamento em 2004. E vê agora o colorado seguir a mesma cartilha do fracasso.
Da esperança de título ao medo do rebaixamento, o time já teve três técnicos. Começou com Argel, passou por Falcão e agora, Celso Roth está no comando.
O elenco montado por Argel, não combinou com a filosofia de Falcão e também não vem apresentando bom rendimento com Roth. O presidente acumula cargos. Desordem geral…
E o time que chegou a liderar, despencou para a 18ª colocação, com 12 derrotas, seis empates, somente sete vitórias e 27 pontos em 25 jogos disputados.
Os Gremistas que deveriam estar rindo à toa, choram pelo mesmo motivo: queda de desempenho, que tem caracterizado o time desde a última grande conquista nacional: a Copa do Brasil, em 2001.
Seca de 15 anos, agravada em 2016 com as eliminações seguidas na fase de grupos da Primeira Liga, na semifinal do Gauchão e nas oitavas de final da Libertadores.
O jejum de seis jogos sem vencer no Brasileirão e a queda para a oitava posição, encerraram o ciclo do ex-jogador Róger Machado como técnico do time e confirmam uma tendência brasileira. Se não for campeão, não serve.