Priscilla Bisognin: Conheça mais sobre o croissant

croissant

Normalmente ele é associado com a França, e embora os franceses realmente tenham adotado o croissant como um de seus símbolos, ao aperfeiçoar as técnicas de sua produção e popularizá-lo, a verdade é que a origem do croissant é austríaca. Há relatos que datam o século XIII da existência de doces com o formato de uma lua crescente, assim como o croissant, feitos com massa adocicada e recheios diversos. Registros dos séculos XVI e XVII também mostram iguarias muito parecidas com o formato do croissant.

Embora os austríacos tenham o criado, é inegável a importância dos franceses na história desta iguaria. Uma das versões mais aceitas sobre como o croissant chegou a França conta que Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria e posteriormente rainha da França, levou o croissant à França depois de seu casamento com Luís XVI.

O croissant que conhecemos hoje combina dois elementos essenciais: a massa adocicada, com a presença de fermento biológico (assim como os pães) e o presença de várias camadas de manteiga, que são intercaladas à massa.

Os primeiros registros de uma receita de massa folhada datam o século XVII. No século XIX um cozinheiro austríaco, chamado August Zang, abriu a primeira confeitaria em Paris especializada em receitas austríacas, entre elas estava o kipfel, que logo assumiria o nome de croissant. Porém até esta data os croissants eram feitos apenas com a massa folhada, ou seja, sem fermentação. Foi apenas em 1915 que um confeiteiro francês, Sylvain Claudius Goy, escreveria uma receita de croissant como a conhecemos hoje. Após a Segunda Guerra Mundial o croissant passou a ser produzido em escalas ainda maiores e foi popularizado em todo o mundo.

Hoje em dia é possível encontrar diversas variações desta iguaria. Tradicionalmente feito com manteiga, a indústria de alimentos criou versões mais baratas que usam gordura hidrogenada para uma produção em massa mais barata. Um bom croissant deve apresentar características bem específicas: além de ser feito exclusivamente com manteiga ele deve apresentar camadas bem definidas, que revelam se o processo de laminação foi bem feito, um dos indícios disso é a presença de alvéolos no interior da massa. Além disso, ele deve apresentar crocância nas extremidades, porém ser macio no interior.

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Embora os melhores croissants ainda sejam produzidos na França, tanto pela excelência técnica de seus chefes de confeitaria quanto pela qualidade da manteiga, cada vez mais é possível encontrar bons croissants no Brasil, o que prova que apesar de ter uma origem antiga e distante, os croissants estão cada vez mais conquistando espaço nas mesas dos brasileiros.

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