Iramaia Loiola: Vinho bom é vinho caro?

Querido Vinho,

 

Já comentamos na coluna sobre uma pergunta que fazemos e que nos é feita frequentemente. Vinho caro é vinho bom? Acabei de assistir a uma aula super bacana do sommelier Rodrigo, do canal Vinhos de Bicicleta. Vou dar uma pincelada nos 10 fatores que ele cita e deixar o link para os dois vídeos no Youtube para quem quiser ouvi-lo. Aliás, nesta coluna falarei dos 5 primeiros para não me estender muito.

Ele explica o que pode impactar no preço somente e que não necessariamente influencia na qualidade. Então a resposta é depende. Vamos lá?

 

  1. Valor da vinha plantada – O valor de um hectare de vinha plantada em alguns dos locais mais tradicionais de Bordeaux, Borgonha pode chegar nos milhões de euros. Em contrapartida no Chile, por exemplo, seria infinitamente mais em conta. Aqui no Brasil nem se fala. Muito ainda a ser explorado. A qualidade do vinho em locais mais caros, tradicionais, teoricamente é confiável porque é uma parte que já tem história, já foi testada, tem nome e já se firmaram como grandes produtores de vinho no mundo. Porém, outros que não tenham a tradição podem ser muito bons também com o valor mais reduzido. Ou seja, vinho bom sem ser tão caro.
  2. Preço de mão de obra – Mão de obra alemã, por exemplo, é bem mais cara que a brasileira ou chinesa. Isso influencia no preço? Sim. Na qualidade, não. Se bons profissionais forem contratados, não importa de onde vêm.
  3. Rendimento do vinhedo por hectare – Aqui temos uma curiosidade: quanto mais produtivo for o vinhedo, menor a qualidade dos frutos. Por outro lado, quanto menos produtivo, mais velho e com raízes profundas capazes de trazer os nutrientes do solo para os frutos, melhora e muito a qualidade. Com produção reduzida, o valor aumenta. E a qualidade é mais alta. Isso não significa que somente vinhedos velhos produzem vinhos bons. Os mais novos podem ser limitados na sua produção com podas.
  4. Tipo de colheita – Manual X Mecanizada – Por mais tecnológicas que sejam as máquinas, os tratores de colheita, eles ainda não substituem o trabalho manual. Exemplo: na colheita manual, a seleção dos frutos já é iniciada. Frutos verdes não serão incluídos. O que não acontece logicamente na colheita mecanizada. Isso encarece a produção, mas ao mesmo tempo aumenta a qualidade.
  5. Maquinário – Existe todo um maquinário caríssimo que é usado no processo de vinificação e ele cita também o tipo de levedura escolhida no processo. A título de curiosidade: levedura selecionada (produtor pode escolher e varia muito de preço); câmara climatizada, tanque de fermentação, prensa pneumática. Os grandes produtores diluem o valor investido, já os pequenos muitas vezes terceirizam esse trabalho. No final há um aumento de preço para os vinhos mais artesanais, pois o maquinário é muito importante na garantia da  qualidade do vinho.

Link para o vídeo que está imperdível:  Vinho Bom é Vinho Caro? (PARTE 1)

 

Agora vamos falar de música, uma paixão tão grande ou maior até que a do vinho, sorry Querido Vinho…haha.  Eu já compartilhei outros covers do Josh Turner e mostra o quanto sou fã desse menino. E com cover dos Beatles não há quem resista. Eu não, pelo menos. Espero que gostem. Um ótimo fim de semana a todos. Cheers!!

 And Your Bird Can Sing – Beatles Cover

 

Iramaia Loiola.

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Imagens: Freepik

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