O que anula você?

É comum crescermos ouvindo que precisamos cuidar dos laços, manter as pessoas por perto, respeitar… Mas e quando, nesse esforço, vamos nos perdendo de nós mesmos?

As vezes nos moldamos tanto ao que o outro espera que, quando olhamos para dentro, já nem sabemos mais quem somos. Vamos apagando pequenos pedaços de nós todos os dias. Cedemos aqui, calamos ali, engolimos sentimentos… Tudo para não romper… Tudo para não desagradar.

Mas e se, por um momento, você olhasse por outro lado?

E se, em vez de temer a perda do outro, você lembrasse que também é uma presença única? Que sua ausência também faz falta? Que a sua entrega tem valor?

Dizer isso não é ser egoísta, porque saber o próprio valor não significa esquecer o do outro. É sobre encontrar um ponto de equilíbrio, reconhecendo que sua existência importa. Que não é preciso se diminuir para caber. Que relacionamentos saudáveis se constroem com presença, não com autoabandono.

O jeito como você se trata ensina os outros a te tratarem

Essa é uma verdade que demora a cair: quando você se valoriza, você estabelece um padrão. Você comunica o que aceita e o que não aceita. Você mostra, sem precisar dizer, como espera ser tratada.

E aqui deixo algumas reflexões:
Será que você tem se respeitado de verdade ou tem permitido que o medo de ficar sozinha fale mais alto?
Quais escolhas tem feito por amor próprio e quais por carência ou dependência emocional?

Muitas vezes, nos esquecemos de que o amor que recebemos começa pelo amor que oferecemos a nós mesmos.

Felicidade não é destino. É encontro.

Vivemos procurando respostas fora: nos relacionamentos, nas conquistas, no reconhecimento… Mas enquanto estivermos distantes de quem somos, tudo vai parecer instável. Qualquer crítica nos derruba. Qualquer elogio nos inflama. Ficamos reféns da opinião alheia, das circunstâncias, dos humores dos outros.

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O que sustenta você quando tudo ao redor muda?
Essa base não se constrói lá fora. Ela nasce no silêncio do seu próprio coração. Quando você decide se escutar com honestidade. Quando se pergunta, com coragem: o que é essencial para mim? o que faz sentido agora?

Liderar a própria vida é não se abandonar

Autoliderança não é sobre controle. É sobre consciência. É saber o que te move e o que já não serve mais. É agir com intenção, mesmo quando o mundo grita pressa. É olhar para dentro e se manter fiel a quem você é, mesmo quando tudo ao redor pede o contrário.

E você tem priorizado o que te move ou tem vivido no piloto automático apenas reagindo ao que acontece?
Suas decisões têm vindo de um lugar de presença ou de medo?

Conhecer-se é um processo. Um mergulho. Um convite à verdade. E, quanto mais você se aproxima de si, mais se fortalece. Porque quando você se sustenta, não aceita qualquer coisa. Quando você se conhece, não se perde mais em qualquer maré.

Talvez hoje seja um bom dia para respirar fundo e se perguntar:
“Quem sou eu quando ninguém está olhando?”

Essa resposta não vem de fora. Vem do encontro com a sua própria essência. E pode ser o começo de uma nova história, com mais inteireza, mais verdade, mais você.

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